A Seleção dos Estados Unidos detém a hegemonia da modalidade. Conquistou quatro Copas do Mundo (de oito edições), quatro ouros olímpicos e 23 títulos internacionais. Além dos troféus, os EUA se mantêm no topo do ranking mundial da Fifa de forma ininterrupta desde 2014.
Veja os títulos da Seleção Feminina dos EUA:
- Copa do Mundo da China’1999
- Copa do Mundo dos EUA’1999
- Copa do Mundo do Canadá’2015
- Copa do Mundo da França’2019
- Olimpíada de Atlanta’1996
- Olimpíada de Atenas’2004
- Olimpíada de Pequim’2008
- Olimpíada de Londres’2012
- She Believes Cup’2016
- She Believes Cup’2018
- She Believes Cup’2020
- She Believes Cup’2021
- She Believes Cup’2022
- She Believes Cup’2023
- Algarve Cup’2000
- Algarve Cup’2003
- Algarve Cup’2004
- Algarve Cup’2005
- Algarve Cup’2000
- Algarve Cup’2007
- Algarve Cup’2008
- Algarve Cup’2010
- Algarve Cup’2011
- Algarve Cup’2013
- Algarve Cup’2015
- Pan-Americano’1999
- Concacaf Championship’2015
- Concacaf Championship’2019
- Concacaf Championship’2022
- Gold Cup’2000
- Gold Cup’2002
- Gold Cup’2006
Entenda a supremacia dos Estados Unidos no futebol feminino.
Cultura
A primeira questão é cultural. Nos EUA, os esportes considerados masculinos e dominados pelos homens são futebol americano e basquete. O futebol, então, ganhou mais espaço entre as mulheres.
Segundo o relatório de pesquisa desenvolvido pela Fifa em 2019, ano da Copa do Mundo na França, 9,5 milhões de mulheres praticavam futebol nos Estados Unidos.
Para ter ideia da disparidade, ao somar as mulheres que jogavam bola em todos os países que integram a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o resultado é aproximadamente 67 vezes menor – apenas 140.927 praticantes da modalidade.
Incentivo ao desporto
Um fator é relacionado a outro. Nos EUA, as mulheres são incentivadas a praticar o futebol desde os primeiros anos de vida. Além de escolinhas, os clubes e a Federação de Futebol dos Estados Unidos (USSF) fomentam a categoria de base.
A pesquisa da Fifa também mostrou que os Estados Unidos possuíam, além da sênior, oito categorias de base (do Sub-14 ao Sub-23). A exemplo de comparação, no mesmo período, o Brasil tinha apenas três: sênior, Sub-17 e Sub-20.
Também é determinante o incentivo ao desporto em conjunto com os estudos. O país norte-americano é reconhecido mundialmente pelo sistema de ensino relacionado à prática esportiva. Atletas destaques ganham bolsas de estudo em universidades e devem manter o bom desempenho nos dois âmbitos para receber o apoio.
Investimento
A questão financeira é outro coeficiente fundamental. Em 2022, a USSF igualou o pagamento entre homens e mulheres das seleções do país. O direito foi conquistado depois de as jogadoras reivindicarem a igualdade por seis anos em disputa legal. O movimento ficou conhecido como Equal Pay.
Alguns movimentos marcaram a luta das atletas. Um deles foi em março de 2019, três meses antes da Copa da França. As jogadoras dos EUA entraram com um processo contra a USSF alegaando discriminação institucionalizada de gênero. Por meio da ação, elas exigiram igualdade de condições e de salários.
A atacante Megan Rapinoe, de 37 anos, liderou a busca pelo Equal Pay. Após a conquista do Mundial, a capitã discursou em frente aos torcedores para enfatizar a luta e a importância da coletividade: “Esta é a minha mensagem para todos vocês. Temos que ser melhores. Temos que amar mais e odiar menos. Ouvir mais e falar menos. Temos que saber que isso é responsabilidade de todo mundo”.
Convocação dos EUA para a Copa do Mundo
O técnico Vlatko Andonovski já anunciou as 23 jogadoras que vão para a Copa do Mundo.
O nível do futebol feminino nos EUA é evidente pelas atletas que foram convocadas – 22 atuam no país norte-americano. Apenas Lindsey Hyoran joga fora, na Europa. A meio-campista defende o Lyon, da França.
Das 23 atletas chamadas por Andonovski, nove foram campeãs pela seleção na França em 2019: Alyssa Naeher, Kelley O’Hara, Julie Ertz, Megan Rapinoe, Alex Morgan, Emily Sonnet, Crystal Dunn, Rose Lavelle e Lindsey Horan.
- Goleiras: Alyssa Naeher, Casey Murphy e Aubrey Kingsbury;
- Defensoras: Alana Cook, Naomi Girma, Emily Sonnet, Kelley O’Hara, Emily Fox, Crystall Dunn e Sofia Huerta;
- Meio-campistas: Rose Lavelle, Lindsey Horan, Andy Sullivan, Julie Ertz, Kristie Mewis, Ashley Sanchez e Savannah DeMelo; e
- Atacantes: Sophia Smith, Alex Morgan, Megan Rapinoe, Lynn Williams, Trinity Rodman e Alyssa Thompson.
Próximos compromissos dos EUA
A próxima partida da Seleção Estadunidense é um amistoso contra o País de Gales. O jogo será em 9 de julho, às 17h (de Brasília), no Avaya Stadium, em San Jose, nos EUA.
Depois, a Seleção, que está no Grupo E, estreia na Copa do Mundo contra o Vietnã, em 21 de julho, às 22h (de Brasília), no Eden Park, em Auckland, na Nova Zelândia.
Na sequência, os EUA enfrentam a Holanda, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa. A partida será em 26 de julho, às 22h (de Brasília), no Sky Stadium, em Wellington, na Nova Zelândia.
O último compromisso na fase classificatória é contra Portugal, em 1º de agosto, às 4h (de Brasília), também no Eden Park.