Copa do Mundo Feminina

Algoz do Brasil, Jamaica precisou de vaquinha para chegar à Copa do Mundo

Seleção Jamaicana superou descaso da federação do país e avançou às oitavas de final em segunda participação no Mundial Feminino

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Classificada às oitavas de final da Copa do Mundo Feminina, a Seleção Jamaicana precisou realizar uma vaquinha para bancar os custos para a competição na Austrália e na Nova Zelândia. Na segunda participação na história do Mundial, a Jamaica foi a ‘algoz’ do Brasil, que caiu na primeira fase do torneio com o empate sem gols nesta quarta-feira (2/8), em Melbourne.

Em junho, às vésperas da Copa do Mundo, o elenco da Seleção Jamaicana publicou uma carta aberta com críticas à federação local por falta de investimento e infraestrutura.

Inconformada com o descaso da federação, Sandra Phillips-Brower, mãe da meio-campista,Havana Solaun, criou uma vaquinha virtual para ajudar nas despesas. A meta de arrecadação era de US$ 100 mil (R$ 480 mil, na cotação atual).

“O sucesso das Reggae Girlz tem apoio de uma equipe formada por treinadores, terapeutas e médicos, que passam horas sem fim para garantir que as meninas estejam bem. A viagem para a Austrália, em julho de 2023, é uma jornada cara. A minha intenção é permitir que tanto a comissão técnica quanto as jogadoras possam focar na competição, levantando fundos para cobrir alguns dos custos dessa incrível aventura”, explicou Sandra Phillips-Brower, criadora da vaquinha.

A vaquinha online continua durante a disputa da Copa do Mundo. Até então, a arrecadação ultrapassou US$ 52 mil (cerca de R$ 249 mil).

Classificação histórica na Copa do Mundo

A Jamaica avançou às oitavas de final como a segunda colocada do Grupo F, com cinco pontos. A equipe norte-americana terminou a fase classificatória à frente do Brasil (quatro pontos) e abaixo da França (sete pontos). O Panamá, sem pontuar, ficou na lanterna.

O desempenho contrasta com a primeira participação da Jamaica na Copa Feminina. Em 2019, o time perdeu os três jogos da fase de grupos, com 12 gols sofridos e apenas um marcado. Nesta edição do Mundial, as Reggae Girlz demonstraram solidez defensiva e sequer foram vazadas.

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