Em final inédita, a Espanha venceu a Inglaterra por 1 a 0, neste domingo (20/8), no Accor Stadium, na Austrália, e conquistou a Copa do Mundo Feminina. A grande campeã de 2023 é a quinta seleção a levantar o troféu do torneio. O gol do título foi marcado por Olga Carmona, garantindo o primeiro pódio da história para a La Furia.
Treinada por Jorge Vilda, a Espanha chegou a grande final após uma classificação épica sobre a Suécia, com uma campanha ofensiva marcante. Além do melhor ataque da competição, as espanholas lideraram vários quesitos: mais passes, mais cruzamentos, mais finalizações e mais cabeceios.
Antes deste título, a melhor campanha da história da Espanha havia sido em 2019, quando a seleção espanhola foi eliminada pelos Estados Unidos nas oitavas de final. Do outro lado, a Inglaterra, que ficou com o segundo lugar, também chegou mais longe no torneio neste ano. A melhor campanha inglesa havia sido em 2015, quando ficaram na terceira colocação.
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O jogo
O primeiro tempo do duelo foi marcado pelo equilíbrio. Não à toa, tanto Espanha quanto Inglaterra tiveram chance de abrir o placar. No entanto, somente as espanholas converteram.
Aos 22 minutos, Mariona Caldentey recebeu no meio-campo e passou na esquerda na ultrapassagem de Olga Carmona. Na área, a lateral recebeu e bateu cruzado para fazer 1 a 0 para a Espanha.
No segundo tempo, a La Furia teve chance de ampliar o placar, quando a árbitra viu toque na mão de Keira Walsh dentro da área, marcando pênalti. Mas, Jennifer Hermoso perdeu. Ela bateu no canto direito e a goleira Mary Earps defendeu o chute sem dar rebote.
Em desvantagem, as inglesas foram ao ataque, mas encontraram dificuldades de criar boas chances. A melhor delas aconteceu aos 30 minutos, quando Lauren James atacou pela esquerda e bateu com pouco ângulo para a defesa de Catarina Coll.
Nada adiantou e o jogo acabou com a Espanha conquistando pela primeira vez o título de campeã da Copa do Mundo Feminina.
Campanha do título
A Espanha começou o caminho para o título no grupo C, que também tinha Japão, Zâmbia e Costa Rica. As três partidas da fase de grupos foram disputadas na Nova Zelândia, e a La Furia venceu dois confrontos: 3 a 0 em cima da Costa Rica e uma goleada de 5 a 0 na Zâmbia. No entanto, o Japão marcou a única derrota das espanholas no torneio, e logo com uma placar elástico: 4 a 0.
Essa campanha levou a Espanha para as oitavas de final como segunda colocada do grupo, com seis pontos.
Diante da Suíça, mais uma goleada. A Espanha venceu por 5 a 1, no Eden Park, e ficou com a vaga nas quartas de final, na qual enfrentou a Holanda. Com gol decisivo na prorrogação, Salma Paralluelo levou as espanholas à semifinal, após vitória por 2 a 1.
Mais um 2 a 1 e a Espanha mandou a Suécia para casa. Na final, um placar simples garantiu o título para o melhor ataque da Copa do Mundo Feminina.