COPA DO MUNDO

31 anos do tetra: o antes e depois dos titulares da Seleção na Copa de 1994

Seleção Brasileira conquistou a Copa do Mundo pela quarta vez há exatamente 31 anos: em 17 de julho de 1994

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Já se passaram 31 anos desde que o craque Roberto Baggio isolou o pênalti, e a Seleção Brasileira derrotou a Itália na final da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, conquistando o tetracampeonato mundial. mais de três décadas depois, aqueles jogadores que eternizaram seus nomes no futebol mundial, seguiram diferentes caminhos.

Após a aposentadoria, muitos seguiram no mundo da bola – seja mais perto do campo, como treinadores ou auxiliares, ou longe deles, em cargos de gestão ou na mídia esportiva.

Outros deixaram o esporte de lado e optaram por seguir caminhos diversos.

O No Ataque fez um levantamento e mostra, a seguir, como estão os campeões da Copa de 1994.

Taffarel

Titular em toda a campanha da Seleção, o Taffarel atuava pelo Reggiana, da Itália, e foi decisivo na conquista da Seleção, defendendo o pênalti cobrado por Massaro na final contra a Itália.

No ano seguinte, o goleiro se transferiu pelo Atlético. Depois, passou por Galatasaray, da Turquia, e pelo italiano Parma, pelo qual encerrou a carreira em 2003.

Após a aposentadoria, Taffarel não demorou para se encontrar ainda no futebol – começou a atuar como preparador de goleiros. Hoje, é o responsável pelo setor na Seleção Brasileira.

Até pouco tempo, também cumpria a função no Liverpool, mas foi desligado, em 2 de julho, em meio a uma transição no clube inglês.

Taffarel comemora pênalti perdido por Roberto Baggio na final da Copa de 94 (Alberto Escalda/Estado de Minas – 17/07/1994)

Jorginho

O dono da lateral direita era Jorginho, que defendia o Bayern de Munique, da Alemanha. Ele se aposentou em 2002, pelo Fluminense, e começou a se preparar para se tornar treinador.

Em 2006, estreou na função no comando do América-RJ, time que também o revelou como jogador. Depois, passou por diversos clubes do futebol brasileiro, entre eles Flamengo, Vasco e Bahia, e Internacional.

Jorginho está sem clube desde que deixou o Coritiba, no final do ano passado. O clube optou por não renovar com o treinador, que terminou a Série B de 2025 com o Coxa na 14ª colocação.

Márcio Santos

Marcio Santos, que defendia o Vasco, se aposentou em 2004 e seguiu no meio do futebol, atuando como gestor. Chegou a ocupar o cargo de coordenador de futebol do Santos entre 2020 e 2021.

Hoje, ele atua como gestor de futebol na CBF Academy, “escola” da Confederação Brasileira de Futebol que oferece formação para diversas áreas do esporte. Também é empresário e dono de comércios em Santa Catarina.

Aldair

Já Aldair não começou como titular do Brasil na Copa, mas assumiu o lugar de Ricardo Rocha, que se lesionou ainda na primeira partida do torneio. O defensor disputou o Mundial quando defendia a Roma, clube pelo qual é ídolo, e só foi se aposentar em 2010, pelo Murata, de San Marino.

Após pendurar as chuteiras, atuou como atleta de futevôlei e jogou pelo Flamengo, clube que também defendeu nos gramados. Em 2012, foi campeão mundial da modalidade com a Seleção Brasileira. Hoje, está aposentado.

Leonardo

Quem começou na titularidade da lateral esquerda foi Leonardo, que vestia a camisa do São Paulo. Contudo, nas oitavas de final, contra os Estados Unidos, ele foi expulso por acertar uma cotovelada em Tab Ramos. Pegou um “gancho” e ficou de fora de toda a competição.

Em 2003, Leonardo se aposentou pelo Milan, mas seguiu trabalhando em funções administrativas do clube até que, em 2009, assumiu o cargo de treinador após a saída de Carlo Ancelotti.

Também atuou como diretor de futebol do clube e do Paris Saint-Germain, cargo que deixou em 2022.

Branco

Branco assumiu a lateral nas quartas de final e foi um dos destaques da Seleção Brasileira naquela Copa. Na época, defendia o Fluminense, pelo qual também se aposentou em 1998.

Teve curta carreira como treinador e hoje ocupa o cargo de coordenador das seleções de base da CBF.

Mauro Silva

O então volante Mauro Silva defendia o espanhol La Coruña, pelo qual se tornou um grande ídolo. Deixou os gramados em 2005. Ele, inclusive, foi homenageado com o nome de uma rua na cidade do time espanhol.

Hoje, é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol.

Dunga

Capitão da Seleção no tetra, Dunga se tornou treinador após pendurar as chuteiras, chegando a comandar o Brasil duas vezes: de 2006 a 2010 e de 2014 a 2016.

Desde a última passagem pela Canarinho, contudo, o ex-volante não ocupa cargo de treinador.

Dunga se distanciou dos holofotes do futebol e hoje comanda a instituição beneficente Seleção do Bem 8.

Dunga na partida entre Brasil e Camarões, na Copa de 1994 (Alberto Escalda/Estado de Minas – 24/06/1994)

Raí

O ídolo do São Paulo começou a campanha da Copa de 1994 como titular, mas, a partir das oitavas de final, o técnico Carlos Alberto Parreira optou por escalar Mazinho.

Raí inclusive capitaneou a Seleção Brasileira nas partidas em que esteve em campo. Após a aposentadoria, se distanciou do esporte, exceto quando foi executivo de futebol do São Paulo, entre 2017 e 2021.

Ele se formou em ciência política e atua em causas sociais. É fundador dos projetos Atletas pela Cidadania e Fundação Gol de Letra.

Mazinho

Disputou a Copa de 1994 como atleta do Palmeiras. Depois de aposentado, arriscou a carreira de treinador no Aris de Salônica, da Grécia, mas não teve outro trabalho.

Ele é pai dos jogadores Rafinha Alcântara, ex-meia do Barcelona (que está sem clube), e Thiago Alcântara, que deixou o futebol no ano passado. É Mazinho quem agencia os filhos.

Zinho

O último meia titular do tetra era Zinho, que também defendia o Palmeiras. O Fort Lauderdale Striker, dos EUA, foi o último time dele como jogador, em 2007. Logo assumiu o comando técnico do time.

Ainda treinou o Nova Iguaçu e foi auxiliar técnico do ex-lateral Jorginho, também tetracampeão, no Vasco.

Mas Zinho se encontrou mesmo na mídia esportiva. Desde 2015, ele é comentarista da ESPN Brasil.

Bebeto

O ex-jogador de Flamengo e Cruzeiro jogou futebol até 2002, quando se aposentou pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

Bebeto entrou para a carreira política em 2010, quando foi eleito para o cargo de deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Cumpriu mais um mandato com a reeleição em 2014.

Hoje, é embaixador de casa de apostas.

Bebeto e Romário abraçados após a conquista da Copa de 1994 (Alberto Escalda/Estado de Minas – 17/07/1994)

Romário

Eleito craque da Copa dos Estados Unidos e melhor jogador do mundo em 1994, o ‘Baixinho’, como o ex-companheiro de ataque, também ingressou na carreira política após a aposentadoria.

Os primeiros passos na nova atividade foram como deputado federal pelo Rio de Janeiro, eleito em 2010. Depois, concorreu para o Senado Federal em 2014 e conquistou o cargo, sendo reeleito no ano passado.

Romário divide a carreira política com a administração do América-RJ, clube do qual é presidente.

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