SELEÇÃO BRASILEIRA

Ex-jogador da Seleção se aposenta e exalta técnico: ‘Gênio do futebol’

Parte do elenco da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 2018 e 2022, o jogador oficializou a aposentadoria nesta sexta-feira (21/11)

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A história de Fernandinho no futebol chegou ao fim em 2025, e o anúncio foi feito nesta sexta-feira (21/11). O ex-jogador da Seleção Brasileira publicou uma carta – disponível na íntegra ao fim da matéria – em uma rede social em que falou sobre as passagens por Athletico-PR, Shakhtar Donetsk-UCR e Manchester City-ING e fez questão de exaltar o técnico Pep Guardiola: “Gênio do futebol”.

Atualmente com 40 anos, o ex-volante tem no currículo duas Copas do Mundo pelo Brasil: em 2014, em solo brasileiro, e 2018, na Rússia. Na despedida, Fernandinho falou sobre os treinadores que encontrou na equipe verde-amarela: Mano Menezes, Felipão e Tite.

“Aos treinadores que me deram o prazer e a honra de vestir a camisa da Seleção Brasileira: Mano Menezes, que me convocou pela primeira vez; Luiz Felipe Scolari, com quem vivi o sonho de disputar a primeira Copa do Mundo; e Adenor Bachi, o Tite, com quem trabalhei por mais tempo. Agradeço a todos por cada ensinamento e pela confiança”, afirmou Fernandinho.

Porém, os principais elogios foram a Pep Guardiola. Fernandinho foi comandado pelo técnico espanhol durante sete temporadas – entre 2016 e 2022 -, conquistou incríveis dez títulos – com direito a quatro edições da Premier League – e ainda se tornou capitão do Manchester City.

“E quando eu achava que não poderia evoluir mais, conheci Pep Guardiola. O treinador que te faz amar o jogo como nunca. Que ensina diariamente princípios claros, simples e eficazes. Que te revela detalhes que ninguém havia mostrado antes. Foram seis anos intensos: treinos, reuniões, viagens, jogos, títulos e aprendizados. Minha gratidão por ele é enorme, não apenas pelo gênio do futebol, mas pelo ser humano extraordinário que é”

Fernandinho, ex-volante

Postagem de aposentadoria de Fernandinho, ex-jogador da Seleção Brasileira

Hoje encerro oficialmente um ciclo de 23 anos como jogador de futebol profissional.

O garoto nascido em Londrina, que aprendeu a amar o futebol ainda na infância, percorreu caminhos que jamais poderia imaginar dentro desse esporte maravilhoso e apaixonante.

Antes de tudo, agradeço a Deus. Sem Ele, nada disso seria possível. Foi Deus quem guiou meus passos, colocou pessoas especiais ao meu lado e preparou essa trajetória com tanto amor e cuidado.

À minha família, meu muito obrigado por todo o suporte em tantos momentos. Ao meu pai, Luiz Carlos, o Luizão, que me apresentou esse lindo esporte quando eu ainda era criança. Tive a alegria de acompanhá-lo semanalmente nos jogos amadores, e minha paixão pelo futebol só crescia. À minha mãe, Ane Machado, mulher guerreira que me ensinou princípios para a vida. Às minhas irmãs, Thais e Gabrielli, que me ensinaram responsabilidade desde cedo. Aos meus tios, Antônio, Ademir, Cida, Lourdes e Marina, que estenderam a mão em momentos cruciais da minha infância.

Aos meus amigos Rogério, Mykon, Luiz Henrique, Marcos Vinícius e tantos outros: vivemos um lindo sonho quando crianças, e mesmo com o passar dos anos nossos laços seguem intactos.

A todos os companheiros de time com quem treinei, joguei e aprendi, meu profundo agradecimento. Cada segundo dentro e fora de campo foi valioso. Muito do meu crescimento como atleta veio desse convívio com quem me ajudou a entender o jogo, os desafios da profissão e os caminhos a seguir.

Aos meus treinadores, que tiveram papéis fundamentais no meu desenvolvimento. Quero mencionar também a querida Hilda, lá de Londrina, que mantinha um projeto lindo com crianças da comunidade e que eu tive o prazer de representar tantas vezes. Sua paixão pelo esporte sempre foi admirável.

Ao treinador Piter, ex-jogador do Comercial de Ribeirão Preto, que nos conduzia em um projeto social no bairro Adão do Carmo, no fim dos anos 1990. Uma pessoa que praticamente me adotou e de quem tive a alegria de aprender muito.

Aos meus treinadores do PSTC, Jair Machado, Leandro Niehues e Lio Evaristo, cada um com características diferentes, todos contribuíram imensamente para meu crescimento. Foram quatro anos de muito aprendizado. Ao coordenador Aliomar Mansano, o Ticão, a quem sou imensamente grato, uma pessoa sensacional, exigente e fundamental na nossa formação. Ao presidente Mário Iramina, que foi decisivo em dois momentos cruciais no início da minha trajetória. Suas atitudes me deram confiança para seguir perseguindo meu sonho.

No Athletico Paranaense, reencontrei Lio Evaristo, o que tornou tudo mais fácil. Após seis meses no sub-20, fui chamado para o time principal, e sou eternamente grato ao técnico Vadão pela primeira oportunidade. Uma conversa dele e do seu auxiliar Gersinho foi determinante para minha mudança de comportamento e, consequentemente, para meu crescimento dentro de campo.

Tive ainda o prazer de trabalhar com Mário Sérgio Pontes de Paiva, um profissional e um ser humano extraordinário. Direto, inteligente, aberto ao diálogo, dono de uma personalidade forte. Aprendi demais com ele. Nos meus últimos anos no Athletico, trabalhei também com Levir Culpi e Antônio Lopes, nomes marcantes do futebol brasileiro, que muito agregaram à minha formação.

Então veio a transferência para o Shakhtar Donetsk. Foram oito anos sob o comando de Mircea Lucescu, um treinador forjado no leste europeu, apaixonado por brasileiros e com ideias de jogo muito claras. Os treinos eram duros, tudo diferente do que eu conhecia, mas com o tempo tudo foi se ajustando. Tenho enorme carinho e gratidão por ele.

Na chegada ao Manchester City, encontrei Manuel Pellegrini, um treinador experiente, calmo, educado e com uma capacidade humana admirável. Foram três anos de convívio harmonioso e muito aprendizado.

E quando eu achava que não poderia evoluir mais, conheci Pep Guardiola. O treinador que te faz amar o jogo como nunca. Que ensina diariamente princípios claros, simples e eficazes. Que te revela detalhes que ninguém havia mostrado antes. Foram seis anos intensos: treinos, reuniões, viagens, jogos, títulos e aprendizados. Minha gratidão por ele é enorme, não apenas pelo gênio do futebol, mas pelo ser humano extraordinário que é.

Aos treinadores que me deram o prazer e a honra de vestir a camisa da Seleção Brasileira: Mano Menezes, que me convocou pela primeira vez; Luiz Felipe Scolari, com quem vivi o sonho de disputar a primeira Copa do Mundo; e Adenor Bachi, o Tite, com quem trabalhei por mais tempo. Agradeço a todos por cada ensinamento e pela confiança.

Aos torcedores dos três clubes onde joguei, Athletico Paranaense, Shakhtar Donetsk e Manchester City, meu carinho eterno. O respeito e o amor que sempre tiveram por mim e pela minha família ficarão guardados para sempre.

E por fim, um agradecimento especial aos que estão comigo todos os dias. Meus filhos, Davi e Mariana, que me deram a honra de viver a paternidade, esse desafio tão grande e tão maravilhoso. E à minha esposa Glaucia, que esteve ao meu lado desde o início.

Obrigado, meu amor, por todo apoio, paciência, carinho e dedicação. Por cada momento vivido, por cada sonho compartilhado e pela benção que são nossos dois filhos. Obrigado por caminhar comigo. Eu te amo e sou grato a Deus pela sua vida.

Muito obrigado.

Curitiba, 21 de novembro de 2025.

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