FUTEBOL NACIONAL

Campeão da Copa de 1994 detona CBF: ‘Instituição bem debilitada’

Campeão da Copa do Mundo de 1994 pela Seleção Brasileira, o ex-jogador não poupou críticas e detonou a atual situação da CBF
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O ex-jogador Leonardo não poupou críticas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durante sua passagem pela zona mista antes do Jogo das Estrelas, evento organizado por Zico, que ocorre neste sábado (28/12), no Maracanã. Além disso, o campeão da Copa do Mundo de 1994 também exaltou Ronaldo e revelou que não deverá atuar mais como diretor de clubes.

Ele respondeu inicialmente sobre o fato de Ronaldo Fenômeno surgir como candidato à presidência da CBF, mostrando-se favorável à ideia de seu ex-companheiro de Seleção. Juntos, eles conquistaram o Mundial de 1994 pelo Brasil.

“Estou acompanhando e sinceramente estou super feliz. Um ato corajoso. O Ronaldo, a gente não precisa dizer o que ele simboliza e representa para o futebol brasileiro. E acho que ele se preparou. Ronaldo é um cara que conhece todo o sistema do futebol. Espero que ele consiga romper esse sistema eleitoral, que é um sistema feito para a permanência do status quo, da permanência, digamos, do poder atual”, avaliou.

Leonardo detona CBF

Leonardo prosseguiu em tom de reclamação com a CBF. Para ele, a reputação da entidade está “comprometida e debilitada”.

“É difícil quebrar, mas está mais na hora disso acontecer porque os resultados são evidentes. Hoje a CBF está numa situação muito difícil, e não só a dificuldade de administrar. Infelizmente, a reputação ela realmente está muito comprometida. Não quero entrar no mérito se é justo ou não. Mas o fato é que a instituição está bem debilitada”, afirmou.

Ainda sem esquecer da entidade máxima do futebol brasileiro, Leonardo respondeu sobre o advento das SAF’s no país. Segundo o ex-atleta, a chegada de investimentos de fora do Brasil deveria fazer com que a CBF se estruturasse para administrar tais mudanças.

“Clubes que estão sendo financiados por fundos estrangeiros. Tem uma mudança muito grande (no futebol brasileiro). Você precisa, em função disso, controlar este tipo de investimento que está chegando, criar novas estruturas para administrar tudo isso. Uma melhoria da própria Liga, que ela consiga sair um pouco do Brasil, porque ela é muito fechada no Brasil. E depois a CBF com certeza tem que resgatar um prestígio, uma condição de líder. Inclusive, líder político no panorama mundial”, analisou.

Não será mais diretor?

Na mesma entrevista, Leonardo revelou também que não deve mais atuar como diretor de futebol. Seu último trabalho na função foi no PSG entre 2019 e 2022.

“Minha vida está me levando para um outro lado, sempre no futebol, é claro, mas de uma outra maneira. Acho que não vou ser mais diretor como fui nos últimos anos. Vou mudar de posição (risos). Estou ficando mais velho, então vou mudar de posição (risos)”, brincou Leonardo.

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