“Ninguém pode ficar satisfeito depois de perder nos pênaltis”. Foi dessa forma que Dejan Petkovic iniciou a reflexão sobre o vice-campeonato do Flamengo na final da Copa Intercontinental diante do Paris Saint-Germain nessa quarta-feira (17/12). No dia seguinte ao revés na marca da cal por 2 a 1 após empate por 1 a 1 no tempo normal, o ídolo rubro-negro deu entrevista exclusiva ao No Ataque, desabafou sobre a derrota e até mencionou a “noite sem dormir”, mas fez questão de elogiar a equipe.
Logo após falar sobre a insatisfação em relação aos quatro pênaltis errados pelos jogadores do Flamengo, o sérvio destacou o processo até a final do Mundial. “No futebol, é passo por passo, jogo por jogo, vitória por vitória, título por título. E o Flamengo, para poder chegar nessa situação de jogar a final da Copa Intercontinental, tinha que vencer muitas barreiras. Nesse ano, foi muito exigido e demonstrou um futebol merecedor do que estava conquistando o tempo todo”, afirmou.
Esse é um dos trechos da longa conversa que Petkovic teve com o No Ataque nesta quinta-feira (18/12). Acompanhe o site nos próximos dias para ver outros conteúdos relacionados à entrevista do ex-jogador que passou por Atlético, Vitória e outros times brasileiros.
Petkovic valoriza 2025 do Flamengo
Com 198 jogos e 57 jogos com a camisa rubro-negra em duas passagens (2000-2002 e 2009-2011), Petkovic é um dos grandes ídolos recentes do Flamengo. Essa identificação fez com que o sérvio se tornasse torcedor da equipe. Até por isso, se frustrou com a derrota diante do PSG, principalmente pela expectativa criada. Mesmo assim, ele fez questão de valorizar o ano – time foi campeão do Carioca, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores em 2025.
“Eu estava convencido de que foi Flamengo chegaria em uma situação que poderia ganhar ou disputar o título de igual por igual. E isso aconteceu de fato. Não conseguiu, mas o Flamengo está de parabéns. Futebol é isso. Tem que jogar e nunca sabe o que pode levar durante os 90 minutos. Acontecem circunstâncias do jogo, momentos que mudam trajetória, planejamento, tática, estratégia”, destacou Pet, que continuou.
“Temos que ressaltar muito o ano inteiro, porque o ser humano é ambicioso, sempre quer mais, sempre é pouco. Ganhou tudo é pouco. E se ganhasse isso? E mais essa cerejinha de bolo? Quero mais esse aqui. E isso faz parte da emoção, profissão e índole humana de nunca ficar satisfeito. E eu acho que isso tem que ser assim, tem que ser ambicioso, respeitando os demais e ir em busca de conseguir pelo próprio mérito”
Petkovic, ex-meio-campista sérvio
Na sequência, o ex-armador voltou a falar sobre o sentimento de ter perdido a decisão para o PSG justamente na marca da cal. Saúl Ñiguez, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo desperdiçaram os pênaltis e, como apenas De La Cruz acertou, o Flamengo ficou com a medalha de prata no Intercontinental.
“Essa coisa de ontem de ter perdido os pênaltis, claro que naquele momento deixa todo mundo triste, abatido, reações diferentes, e hoje a gente está falando um dia depois com muita ressaca ainda, noite sem dormir, mas já raciocinando e pensando e podendo fazer análise agora”
Petkovic, ídolo do Flamengo
“Ano extraordinário, muito importante, está de parabéns. A lástima é que faltou mais esse detalhe de a gente acertar mais e errar menos nas penalidades, como eles também erraram, né? Olha, o melhor do mundo, o The Best, chutou para fora. Um cara, quando era para matar, o Rossi deu o sinal para nós, mas infelizmente acho que o dia não era predestinado para o Flamengo ganhar o segundo título mundial”, concluiu Petkovic.