Colunista do Estado de Minas, Fred Melo Paiva fez um relato emotivo sobre a final da Sul-Americana. Ele relembrou outros dias de decisão como torcedor atleticano e ainda aproveitou para alfinetar torcedores rivais que desmerecem a magnitude da competição continental. O Galo mede forças com o Lanús, neste sábado (22/11), às 17h, no Defensores del Chaco, em busca do título inédito.
A empolgação e emoção de Fred ficou evidente a medida que ele descreveu como foram as manhãs de outras finais disputadas pelo Atlético. Ele citou que em 1980, na decisão do Campeonato Brasileiro, foi comprar uma bandeira do Galo para assistir ao jogo. O colunista também falou de outras datas, como em 2013, na Copa Libertadores, e em 1999, no Brasileiro.
Sem passagem para Assunção, para ver o Atlético na final da Sul-Americana, ele contou que se arrependeu, mas deixou claro que o sentimento passaria, por apostar na mística do Efeito Borboleta.
Por fim, ele comentou sobre a magnitude do possível título da Sul-Americana. Para ele, apenas ‘detratores’ tratam a competição como uma conquista pequena. Ele ainda evidencia que o verdadeiro troféu da vida “é ser atleticano”.
Leia trecho da coluna de Fred Melo Paiva
Detratores dirão que, hoje, é um título menor. Nosso título, no entanto, é ser atleticano. Hoje, cada um de nós é aquela menina sangrando depois de escalar o alambrado de arame do estádio, na hora que o Racing ganhou do Cruzeiro a decisão do ano passado. Sou eu e meus amigos, todos atleticanos, na rua do Ouro dos anos 80, sempre Galo, Galo sempre! Sou e meu filho Francisco, hoje, na mesma rua. Ele acabou de fazer 18. Paulistano, quis de presente uma tatuagem do Galo. Desculpem vocês, mas eu já sou campeão e nem tô na Austrália.
Hoje acordo só a Gal, só o Caetano Veloso: eu vi um menino correndo, eu vi o tempo. Brincando ao redor do caminho daquele menino. Eu pus os meus pés no riacho e acho que nunca os tirei. O sol ainda brilha na estrada e eu nunca passei. Por isso uma força me leva a cantar, por isso essa força estranha. A força atleticana revolucionária.
Essa força estranha levou 20 mil pessoas ao Paraguai. Não fui e já arrependi. Vai passar assim que a gente ganhar, porque um descrente de Deus sempre crê no Efeito Borboleta, e nada poderá ter sido diferente. Nem a minha camisa 4, a beca em estado de trapo, o amuleto que escolheu esperar.
A íntegra do texto vai ao ar neste sábado (22/11) no Estado de Minas.