FUTEBOL INTERNACIONAL

Campeão da Sul-Americana não volta a seu país de origem por medo da violência

Ricardo Adé é natural do Haiti, nação da América Central que está em guerra civil; o zagueiro não volta para casa há dois anos

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O zagueiro da LDU Ricardo Adé foi um dos destaque do time equatoriano na conquista da Copa Sul-Americana sobre o Fortaleza, nesse sábado (28/10), no Estádio Domingo Burgueño Miguel, em Maldonado, Uruguai.

O defensor de 33 anos tem uma história de superação. Ele é natural do Haiti, país da América Central que está em guerra civil. Por medo da violência, Adé não volta para casa há dois anos. E, por isso, está afastado da família.

Adé começou a carreira em uma equipe amadora chamada Baltimore. De acordo com a ESPN, ele chegou a tentar a carreira na Tailândia. Recebeu um convite, arrumou as malas e se mudou. Contudo, a mudança ficou longe de ser o que ele esperava. O zagueiro ficou perambulando pelo país asiático sem nunca conseguir jogar.

Voltou ao Haiti e começou a jogar pelo Dom Bosco, um time local. Naquele momento, sua carreira começou a decolar. Chamou a atenção do Miami United, da NPSL, e foi jogador nos Estados Unidos, em 2014.

Deixou a América do Norte em 2017 e acertou com o Santiago Morning, do Chile, assinando contrato profissional pela primeira vez aos 26 anos. Destacou-se e foi contratado pelo Magallanes, também do Chile, em 2019.

Em 2021, acertou com o Mushuc Runa, do Equador. No ano seguinte, acertou com o Aucas e foi campeão equatoriano.

No sábado, o zagueiro haitiano fez história ao conquistar seu primeiro título continental.

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