COPA SUL-AMERICANA

Atlético faz ‘dever de casa’, bate Caracas e se recupera na Sul-Americana

Atlético empilhou chances na Arena MRV, aproveitou três delas e venceu o Caracas pela Sul-Americana; Galo retoma liderança

O frio de 16°C da noite de Belo Horizonte contrastou com um jogo de boa intensidade na Arena MRV, nesta quinta-feira (15/5). Pela quinta rodada do Grupo H da Copa Sul-Americana, o Atlético fez o “dever de casa”, superou o Caracas-VEN, por 3 a 1, e se recuperou na competição continental. Os gols alvinegros foram marcados por Edet (contra), Cuello e Rony, enquanto De Santis descontou para os alvirrubros.

O Galo foi amplamente superior ao adversário venezuelano na maior parte do confronto na Arena MRV, mas voltou a lidar com um problema crônico: a quantidade de chances de gol desperdiçadas. O time de Cuca somou 23 finalizações ao longo dos 90 minutos contra o Caracas, tendo criado oito grandes oportunidades de balançar as redes e acertado o travessão três vezes.

Mesmo com os problemas de pontaria, o Atlético venceu sem maiores dificuldades e deu resposta positiva após vexame diante do Deportes Iquique-CHI (3 a 2), em 8 de maio, no Chile.

Com o resultado, o Galo foi a oito pontos e se manteve na vice-liderança do Grupo H da Sul-Americana. O Cienciano chegou a nove pontos, em primeiro lugar, ao golear o Deportes Iquique por 4 a 0, no Estádio Inca Garcilaso de la Vega, em Cusco, no Peru.

Próximos jogos de Atlético e Caracas

O Atlético concentra atenções no clássico contra o Cruzeiro, a ser disputado pela nona rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Os arquirrivais medirão forças no Mineirão, em Belo Horizonte, a partir das 20h30 do domingo (18/5).

Já o Caracas só voltará a campo no dia 29 de maio, a partir das 21h30. Na ocasião, o time venezuelano enfrentará o Deportes Iquique-CHI, pela rodada final da Sul-Americana, no Estádio Olímpico UCV, em Caracas.

Atlético x Caracas: o jogo

Com algumas alterações em relação à escalação considerada titular, Cuca optou por acionar Bernard do lado esquerdo do meio-campo e Cuello pela direita – ao menos nos primeiros minutos. Júnior Santos compunha dupla de ataque com Hulk, buscando associações por dentro.

Logo nos instantes iniciais, o Atlético direcionava a maior parte das iniciativas ofensivas pelo lado direito – diferentemente do que se viu em jogos anteriores. O fator comum: Cuello seguia sendo a peça mais participativa do time no momento de ataque.

O Galo fazia valer a superioridade técnica e trocava passes por dentro, encontrando espaços com relativa facilidade em meio à defesa do Caracas. Sem bola, o time de Cuca buscava pressionar alto, forçando bolas longas por parte do adversário. Aos 19 minutos, Hulk ameaçou com falta de média distância que encontrou o travessão.

Aos 23 minutos, o time venezuelano desperdiçou chance inacreditável de abrir o placar. Echenique foi acionado com liberdade nas costas da defesa do Atlético e finalizou cruzado para bela defesa de Everson, com o pé esquerdo. Na sobra, o atacante limpou dois marcadores da jogada e chutou por cima do travessão.

Instantes depois, Cuello fez jogada individual pelo lado esquerdo – para onde foi deslocado durante a partida – e cruzou para a área. Mesmo sozinho na grande área, Edet cabeceou contra o próprio patrimônio e abriu o placar na Arena MRV: 1 a 0 para o Galo.

Edet lamenta gol contra na Arena MRV - (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA.Press)
Edet lamenta gol contra na Arena MRV(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA.Press)

O gol saiu em momento em que o Caracas buscava igualar o jogo na capital mineira e tinha até certo sucesso na proposta, estabelecendo mais momentos com a posse de bola. Depois da falha de Edet, no entanto, o confronto retornou ao cenário inicial: com os comandados de Cuca partindo pra cima e empilhando chances de gol.

O principal ponto de preocupação para o treinador paranaense seguia sendo o número de oportunidades desperdiçadas pelo Atlético. Os erros em finalizações continuavam assolando a efetividade ofensiva da equipe alvinegra. Já nos minutos finais da etapa inicial, Saravia foi responsável por outra bola no travessão para o Galo.

Segundo tempo

No intervalo, Cuca promoveu as entradas de Vitor Hugo, Gustavo Scarpa e Rony nos lugares de Junior Alonso, Fausto Vera e Rony, nesta ordem. A intenção era clara: conferir maior ofensividade à equipe e, ao mesmo tempo, maior rodagem do elenco antes do clássico contra o Cruzeiro.

Logo aos 2 minutos, Júnior Santos escapou em velocidade pela direita após passe de Gustavo Scarpa e cruzou. Mesmo com desvio no caminho, a bola sobrou para Cuello, que cabeceou para o fundo das redes: 2 a 0 para o Atlético.

Cuello marcou um dos gols do Atlético sobre o Caracas
Cuello marcou um dos gols do Atlético sobre o Caracas

Posteriormente, aos 13 minutos, um baque para o Galo: a arbitragem assinalou pênalti a favor do Caracas após carrinho de Caio em Echenique. De Santis converteu com categoria e descontou no placar: 2 a 1.

O tento levou mais confiança ao time venezuelano. Os comandados de Fernando Aristeguieta passaram a ganhar metros em campo, chegando mais próximos à área alvinegra.

Aos 18 minutos, Scarpa encontrou lindo lançamento em profundidade para Rony. O atacante ajeitou para Júnior Santos – que, livre na grande área, finalizou por cima.

Mesmo com três alterações, o Galo caiu consideravelmente no começo da etapa complementar. Com menos repertório ofensivo, o Atlético pouco ameaçava a meta defendida por Benítez. Aos 27 minutos, Igor Gomes e Patrick Silva foram acionados nos lugares de Bernard e Caio, respectivamente.

Pouco tempo após as mexidas, Igor Gomes deu lindo lançamento de trivela para Scarpa, que aparecia livre na direita. O meio-campista ajeitou para dentro da área e encontrou Rony livre – o atacante só teve o trabalho de empurrar para as redes: 3 a 1 para o Galo.

Após a terceira bola nas redes, o Atlético empilhou novas chances de ampliar a contagem. Rony e Cuello desperdiçaram boas oportunidades. Scarpa cobrou escanteio direto no travessão.

No fim das contas, uma atuação de bom nível por parte do Galo. Mesmo com as chances perdidas, o time de Cuca se fez superior e cumpriu o “dever de casa” na Sul-Americana.

ATLÉTICO 3 x 1 CARACAS

Atlético

Everson; Saravia, Lyanco, Junior Alonso (Vitor Hugo, no intervalo) e Caio (Patrick Silva, aos 27min do 2°T); Fausto Vera (Gustavo Scarpa, no intervalo), Rubens e Bernard (Igor Gomes, aos 27min do 2°T); Cuello, Júnior Santos e Hulk (Rony, no intervalo)

Técnico: Cuca

Caracas

Benítez; Rito, La Mantía, Edet e Yendis; Vegas (Figueroa, aos 32min do 2°T), Rodríguez (Heráldez, aos 45min do 2°T) e Covea; Echenique, Chávez (Correa, aos 38min do 2°T) e De Santis

Técnico: Fernando Aristeguieta

  • Motivo: quinta rodada do Grupo H da Copa Sul-Americana
  • Data: 15/5/2025
  • Estádio: Arena MRV, em Belo Horizonte
  • Árbitro: José Burgos (Uruguai)
  • Assistentes: Martín Soppi (Uruguai) e Andrés Nievas (Uruguai)
  • VAR: Christian Ferreyra (Uruguai)
  • Gols: Edet (contra a favor do Atlético, aos 27min do 1ºT), Cuello (Atlético, aos 2min do 2°T), De Santis (Caracas, aos 13min do 2°T) e Rony (Atlético, aos 31min do 2°T)
  • Cartões amarelos: Lyanco, Vitor Hugo (Atlético); Edet, De Santis, Fernando Aristeguieta (Caracas)

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