COPA SUL-AMERICANA

Victor detona Conmebol após jogo do Atlético: ‘Preocupada com bobagens’

Sem água no Estádio Inca Garcilaso de la Vega, em Cusco, jogadores do Atlético não puderam tomar banho; Victor disparou contra Conmebol

Os jogadores do Atlético voltaram a enfrentar situação inusitada em 2025: a indisponibilidade de água em um vestiário. O problema vivenciado em Tocantinópolis, pela primeira fase da Copa do Brasil, voltou a atormentar o Galo – desta vez em Cusco, no Peru, pela primeira rodada da Copa Sul-Americana.

Depois do empate com o Cienciano, por 0 a 0, na noite dessa terça-feira (1º/4), o diretor de futebol Victor Bagy detonou a Conmebol, organizadora do torneio: “Preocupada com bobagens”.

A 3.350 metros do nível do mar, o Atlético desafiou a altitude no Estádio Inca Garcilaso de la Vega, em Cusco. Remodelado e expandido em 2004, o palco comporta 42 mil espectadores, mas não ofereceu condições ideais aos atletas na primeira noite de Sul-Americana em 2025.

“A gente fala muito em evolução, em campeonato que melhora a cada ano, e estamos retrocedendo à década de 1960. É lamentável, é triste. Segundo o pessoal aqui do estádio, isso nunca ocorreu. Mas acho que vale nossa insatisfação, nossa indignação, porque são coisas que não podem acontecer no futebol. Conmebol sempre muito preocupada com detalhes, com bobagens, e coisas às vezes elementares acabam passando despercebidas.”

Victor Bagy, diretor de futebol do Atlético, à Rádio Itatiaia

“Parece que o estádio todo está sem água. Foi um problema geral. Mas, de toda forma, não pode acontecer. Campeonato importante, internacional como este, você não pode ter esse tipo de situação. Como eu falei: Conmebol preocupa-se com todos os detalhes, mas deixa passar aquilo que é trivial – que é você ter água, condições para poder atender a equipe”, acrescentou o dirigente.

Jogadores do Atlético sequer concederam entrevistas

Outro diretor do Atlético a abordar a situação foi Domênico Bhering, responsável pela comunicação do clube mineiro. O dirigente disse, inclusive, que os jogadores do Galo não dariam entrevistas na zona mista do Inca Garcilaso justamente por não terem tomado banho.

“Parece coincidência, e uma coincidência ruim. Aconteceu com a gente em Tocantinópolis, o vestiário não tinha água. Mais uma vez, aqui em Cusco, vestiário também sem água. Os jogadores estão suados, molhados do jogo e está fazendo frio. Ficou definido que os jogadores não vão parar na zona mista para poder chegar o mais rápido possível ao hotel para tomar banho e poder jantar”, afirmou Domênico à Rádio Itatiaia.

“Pelo que conversei com a rouparia, no início do jogo tinha (água). Pelo menos, água fria, pelo que me falou um dos roupeiros. Mas agora no final não tinha água fria e muito menos água quente. Com certeza (o Atlético vai reclamar). O Victor vai tomar essa providência. Não dá, cara, para a gente vir jogar e… Você vê que é um estádio bom, com um gramado legal e boa condição de jogo, vestiário amplo, mas pô! É básico, né? Você ter água para tomar banho depois do jogo”, concluiu.

Hulk, do Atlético, em frente a jogador do Cienciano - (foto: Pedro Souza/Atlético)
Hulk durante Cienciano x Atlético(foto: Pedro Souza/Atlético)

Próximos jogos do Atlético

Antes de voltar a pensar na Copa Sul-Americana, o Atlético concentra atenções na segunda rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Às 16h do domingo (6/4), a bola rolará no Mineirão, em Belo Horizonte, para o confronto entre Galo e São Paulo.

Já o próximo embate pelo torneio continental será na quinta-feira (10/4), a partir das 21h30, também no Gigante da Pampulha. Na segunda rodada do Grupo H, o Atlético medirá forças com o Deportes Iquique, do Chile, na condição de mandante.

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