ATLÉTICO

Cuca compreende torcedores após vaias a jogadores do Atlético: ‘Faria o mesmo’

Técnico do Atlético, Cuca comentou sobre os xingamentos e vaias aos meio-campistas Scarpa e Igor Gomes e ao atacante Rony

O técnico Cuca saiu em defesa dos torcedores do Atlético que vaiaram e xingaram os jogadores do clube durante a partida contra o Bucaramanga nessa quinta-feira (24/7), na Arena MRV, pelos playoffs da Copa Sul-Americana. Com vitória nos pênaltis, o Galo garantiu vaga nas oitavas de final do torneio.

Antes de a bola rolar, parte da torcida protestou contra Gustavo Scarpa, Igor Gomes e Rony. O motivo foi o fato de os meio-campistas trem notificado o Atlético forma extrajudicial pelos atrasos nos pagamentos de remuneração, enquanto o atacante pediu rescisão de contrato na Justiça pelo mesmo motivo, mas mudou de ideia após conversar com a diretoria e o técnico Cuca.

“Consigo entender o lado do torcedor. Acho que faria o mesmo, ia ficar muito bravo, revoltado. Consigo entender em grande parte o lado do profissional também. Eles acionaram um botão de alerta, né? Três ou quatro ali. E um acionou direto a rescisão, que foi o Rony. Conversei com eles um por um antes de escalar: ‘Para mim, hoje a coisa mais fácil que tem sou eu te tirar do time, é o que todo mundo, entre aspas, quer, vocês fora, né? Vou estar de bem com a torcida fazendo isso, vou estar de bem com todo mundo fazendo isso, mas não é o justo”, iniciou o técnico do Atlético em entrevista coletiva.

Cuca ainda destacou que discorda da ação dos jogadores do Atlético: “Não é fácil jogar assim na pressão que eles jogaram. Discordo em partes do que foi feito, mas entendo. E a partir disso que eles fizeram, já teve uma atitude em cima disso, praticamente neutralizando as dívidas e jogando a responsabilidade para nós. Temos que saber lidar com isso. É assim que vai acontecer daqui para frente”.

Finanças do Atlético

O Atlético tem atrasado constantemente os pagamentos de salários, direitos de imagens e até luvas. O clube convive com altos juros devido à dívida de R$ 1,4 bilhão e não tem conseguido honrar com os compromissos.

Com isso, o Galo busca um novo aporte no mercado. Caso não encontre, é possível que os atuais gestores da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) coloquem mais dinheiro.

Compartilhe
Sair da versão mobile