ESPORTE NA MÍDIA

Ex-jogador do Lanús ri ao relembrar batalha campal contra o Atlético: ‘Virou anedota’

Às vésperas da final da Sul-Americana contra o Atlético, Ariel López relembra agressão em 1997 e culpa Ruggeri pela confusão

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O que para a torcida do Atlético foi uma covarde batalha campal, para um dos agressores argentinos parece ser motivo de riso. Quase três décadas depois da infame final da Conmebol de 1997, o ex-jogador do Lanús, Ariel “Chupa” López, riu ao relembrar a pancadaria e minimizou o episódio que terminou com jogadores levados presos.

Em entrevista ao canal argentino DSPORTS, publicada nessa quarta-feira (12/11), Ariel resumiu o caos com tranquilidade. Questionado sobre as consequências, que incluíram a própria prisão, ele deu de ombros. “Ficou como uma anedota”.

Na conversa, ele relembrou a atitide do colega de time e ícone argentino Oscar Ruggeri como o verdadeiro instigador da briga.

López, que estava em campo naquela noite, confirmou que a memória contra o Atlético não é boa. “E justamente contra um rival de quem não temos uma boa lembrança, não é? Das brigas, que saímos no soco na última final, foi justo contra o Atlético Mineiro”, disse.

“O Ruggeri armou toda a confusão, e depois fomos todos presos”, completou.

O próprio Ariel “Chupa” López admitiu que não ficou apenas assistindo. Quando um dos entrevistadores brincou que ele “também bateu, não estava com a mãozinha para trás”, López confessou entre risos. “Sim, eu fui um deles também ali”.

O ex-jogador ainda detalhou as consequências que o time sofreu após a confusão.

“Nos deram seis jogos [de suspensão], e estivemos presos por um dia. Mas bom, depois já… fomos depor, nos levaram no camburão”.

Ariel “Chupa” López, ex-jogador do Lanús

Atlético x Lanús

A primeira partida da final da Copa Conmebol de 1997, no estádio La Fortaleza, terminou com uma goleada histórica do Atlético por 4 a 1, de virada. Assim que o árbitro apitou o final, os jogadores do Lanús, frustrados, partiram para cima da delegação do Galo.

O técnico do Atlético na época, Emerson Leão, foi um dos mais atingidos. Em depoimento em 2020, ele relembrou o caos. “Eram 200 contra 30”, disse.

Leão contou que viu Ruggeri partir para cima do meia Jorginho e foi defendê-lo. “Quando percebi, já estava uma briga muito grande. Torcedores, seguranças, jornalistas, funcionários. (…) Tomei uma pancada no rosto muito forte. Não sei se foi um soco inglês ou uma barra de ferro”, relatou Leão, que precisou passar por cirurgia na face.

No jogo de volta, o Atlético confirmou o título no Mineirão com um empate por 1 a 1.

A freguesia seria confirmada anos depois, em 2014, quando o Galo venceu o mesmo Lanús na final da Recopa Sul-Americana. Na partida de ida, em La Fortaleza, vitória alvinegra por 1 a 0. Na volta, no Mineirão, o Alético venceu por 4 a 3 na prorrogação.

Pela final da Sul-Americana, os times se enfrentarão em 22 de novembro (sábado), no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai.

O pedido de desculpas de Ruggeri

Na época, como reportou a Folha de S. Paulo em 12 de novembro de 1997, Ruggeri tentou amenizar a situação. “Errei. Estava de cabeça quente e fiz o que não devia”, disse.

A direção do Lanús multou Ruggeri e outros cinco atletas. O dirigente Carlos Miozzi, identificado como o agressor direto de Leão, foi demitido e banido do clube por seis meses.

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