Os ingredientes do passado aquecem o embate que está por vir. Com amplo histórico em decisões continentais, Atlético e Lanús-ARG voltarão a medir forças por uma taça – desta vez, a Copa Sul-Americana. Antes da partida decisiva, um ex-jogador do Galo relembrou pancadaria histórica em final disputada contra o Granate, em 1997, e destacou: “Valeu muito à pena”.
Natural de Belo Horizonte, o ex-zagueiro Edgar defendeu o Atlético em três passagens – entre 1995 e 2000, entre 2001 e 2002 e em 2004. Em 6 de novembro de 1997, ele foi um dos titulares da equipe comandada pelo técnico Emerson Leão no primeiro confronto da final da Copa Conmebol, contra o Lanús, no Estádio La Fortaleza, em Buenos Aires.
“Grande tensão. Engraçado que o jogo estava transcorrendo em uma tranquilidade absurda. Um jogo leal. A equipe deles estava fazendo um jogo leal, sem muita pancadaria. Nós tínhamos um time muito técnico, fazendo um jogo de alto nível. De repente, o que aconteceu foi que o jogo acabou e começou aquela confusão absurda, que ninguém entendeu, do nada. Foi um momento muito tenso daquele dia para nós, porque realmente foi perigoso mesmo”, relembrou em entrevista à GaloTV.
“Valeu muito à pena”, crava ex-zagueiro do Atlético
No tempo regulamentar, o Atlético venceu o Lanús, por 4 a 1, naquele duelo. O bicampeonato alvinegro na Copa Conmebol viria a ser confirmado com empate no Mineirão, em Belo Horizonte, por 1 a 1, cerca de um mês depois do primeiro embate.
As cenas mais marcantes daquela decisão, de toda forma, foram mesmo as de selvageria no La Fortaleza. Depois do apito final, atletas do Granate cercaram jogadores do Galo e promoveram briga generalizada em pleno gramado.
“Um fato que me marcou muito foi que a gente tinha que percorrer um túnel. Eles inflavam um túnel para a gente entrar para o corredor do vestiário. Eu sei que a polícia fechou esse túnel. Então, a gente ficou ilhado ali entre o vestiário e o campo, os jogadores deles. Eu sei que muito torcedor invadiu para poder brigar com a gente. O que nos restava era tentar proteger e de alguma forma tentar enfrentar os caras também”, contou Edgar.
“Eu sei que o Leão tomou um soco na cara e quebrou o maxilar. Eu me lembro de uma cena em que o Roberto, nosso volante, ficou preso no alambrado – torcedores batendo de um lado e de outro. Foram uns 10 a 15 minutos bem ruins, bem difíceis. Ao final de tudo, valeu à pena demais. Eu passaria de novo para poder ter a sensação de sair dali vencedor e de ter a possibilidade de levantar um troféu pelo Atlético novamente. Valeu muito à pena”, encerrou.
Invencibilidade do Atlético contra o Lanús
- 3 vitórias
- 10 gols marcados
- 5 gols sofridos
- 2 taças conquistadas
Lanús x Atlético na final da Sul-Americana
Lanús e Atlético medirão forças pelo título da Sul-Americana neste sábado (22/11), a partir das 17h (de Brasília), no Estádio Defensores del Chaco. O Granate busca o segundo título da competição continental, enquanto o Galo sonha com o primeiro.