COPA SUL-AMERICANA

Trauma do passado? O que o Atlético representa para torcedores do Lanús

Torcedores do Lanús pregaram respeito ao Atlético em entrevistas ao No Ataque, mas não acreditam em traumas gerado pelo Galo

Compartilhe
google-news-logo

Com histórico “recheado” em finais continentais, Atlético e Lanús, da Argentina, decidirão mais uma taça: desta vez, a Copa Sul-Americana. Diante dos triunfos alvinegros no passado, o No Ataque foi às ruas de Assunção, no Paraguai, para questionar torcedores do clube argentino. O que o Galo representa para os apaixonados pelo “Granate”? Um trauma? Veja as respostas a seguir.

O rico histórico entre Atlético e Lanús

A primeira decisão entre Atlético e Lanús ocorreu em 1997, na extinta Copa Conmebol. O Galo venceu o jogo de ida de virada, por 4 a 1, no Estádio La Fortaleza, em Lanús.

A partida ficou marcada por pancadaria generalizada na casa do clube argentino em Buenos Aires. Personagem mais prejudicado nas cenas de selvageria, o técnico Emerson Leão chegou a precisar passar por cirurgia no rosto depois da briga.

No confronto decisivo, os times empataram no Mineirão, em Belo Horizonte, por 1 a 1. O resultado confirmou o bicampeonato alvinegro na competição.

Jogadores do Atletico com a taça da Copa Conmebol de 1997 - (foto: Divulgação/Atlético)
Jogadores do Atletico com a taça da Copa Conmebol de 1997(foto: Divulgação/Atlético)

Depois, Galo e Granate voltaram a se encontrar na Recopa Sul-Americana de 2014. No primeiro embate, o Atlético venceu no La Fortaleza, por 1 a 0.

Já na partida decisiva, o Lanús venceu no tempo regulamentar no Mineirão, por 3 a 2. Apesar disso, gols contra marcados por Gustavo Gómez (hoje ídolo do Palmeiras) e Victor Ayala fizeram com que a taça ficasse na capital mineira.

O que o Atlético representa para torcedores do Lanús

Na véspera da final da Copa Sul-Americana, o No Ataque conversou com torcedores do Lanús nas ruas de Assunção. Todos eles pregaram respeito ao Atlético, mas também disseram não enxergar o clube mineiro como responsável por traumas para o Granate.

“Não (é um trauma). Ao contrário, é uma revanche. Uma revanche. Estamos muito bem. Temos um time que foi crescendo de produção e chega com 10 pontos. O problema é do Mineiro, não é nosso”, disse Daniel, ferreiro de 60 anos.

“Eu vejo como uma revanche. Nós perdemos duas finais. Creio que esta não vamos deixar passar. Não vamos deixar passar”, complementou.

Amigo de Daniel, Leandro Brandoni seguiu a mesma linha. “Não. Trauma não é. Isso é futebol, não há traumas. Isso é futebol. Vamos ver no campo. Vamos ponto a ponto, mas temos ferramenta. Temos Marcelino, temos o time, temos goleiro, temos defesa que está passando por um momento bonito. Os garotos estão esperançosos”, pontuou.

“Mineiro é um clube importante. Ganhou uma Libertadores. Estamos esperançosos com nossas ferramentas e vamos para o jogo”, acrescentou.

O professor Fernando Zérez, de 58 anos, mostrou conhecimento sobre a história recente do Atlético. Ainda assim, foi outro a dizer que não tem traumas causados pelo Galo.

“Sabemos que é um clube muito grande do Brasil, que leva muitos torcedores. Passaram por lá técnicos argentinos, jogaram final de Libertadores com Gabriel Milito. Tem também bons jogadores, sobretudo o número 9, Hulk, que é um grande jogador. Sabemos muito do Mineiro, porque obviamente é um grande do Brasil”, disse.

“Não, não creio que seja um trauma. Ao contrário. Sendo Lanús um clube que não é tão grande como o Mineiro no Brasil, mas é um time que sempre esteve ultimamente jogando copas internacionais. Obviamente queremos ganhar e os torcedores do Mineiro também”, prosseguiu.

Filho de Fernando, Facundo Zérez, engenheiro aeronáutico, disse acreditar que a maioria dos torcedores do Lanús não se apega às finais perdidas diante do Atlético. O torcedor de 29 anos ainda pontuou que a dor da derrota para o Grêmio na final da Copa Libertadores de 2017 é muito maior.

“Minha lembrança (sobre o Atlético) é a Recopa de 2014, que perdemos na prorrogação. Creio que estava Ronaldinho. Depois a semifinal e a final da Libertadores do ano passado, em que os torcedores encheram Buenos Aires”, afirmou ao No Ataque.

“Não creio (que seja um trauma). Generacionalmente, é capaz de mais gente lembrar de 2014, mas lembramos da Sul-Americana de 2013, em que fomos campeões. A de 1997 não creio que éramos a instituição que somos hoje, como fomos nos últimos 10, 15 anos. Creio que dói muito mais o Grêmio de 2017 (final da Libertadores que perdemos) e isso vai doer por muito tempo mais, mas veremos o que passa contra o Mineiro”, encerrou.

Lanús x Atlético na final da Sul-Americana

Lanús e Atlético medirão forças pelo título da Copa Sul-Americana de 2025 a partir das 17h deste sábado (22/11). O palco do confronto será o Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai.

O Defensores del Chaco já recebeu o Galo em outra final continental. Na Copa Libertadores de 2013, o Atlético perdeu o primeiro jogo para o Olimpia-PAR, por 2 a 0, no local. Depois, venceu pelo mesmo placar no Mineirão, em Belo Horizonte, e conquistou título inédito ao superar o adversário nos pênaltis.

O Galo busca a primeira taça de Sul-Americana. Enquanto isso, o Granate foi campeão em 2013, diante da Ponte Preta, e sonha com o bicampeonato.

Compartilhe
google-news-logo