COPA SUL-AMERICANA

Quatro razões para o vice do Atlético na Sul-Americana

Atlético pagou caro por partida abaixo das expectativas e desequilíbrio de elenco; fatores foram decisivos para perda da Sul-Americana

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Na memória alvinegra, a desolação. Para os torcedores, um baque difícil de se digerir. No último sábado (22/11), o Atlético frustrou expectativas e decepcionou ao perder a final da Copa Sul-Americana para o Lanús, da Argentina, no Paraguai. A seguir, o No Ataque elenca quatro razões pelas quais o Galo ficou com o vice-campeonato no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção.

As razões para o vice do Atlético na Sul-Americana

Atlético e Lanús empataram sem gols tanto no tempo regulamentar da partida como na prorrogação. Já na disputa de pênaltis, brilhou a estrela do goleiro Nahuel Losada, que defendeu três cobranças e deu o título ao Granate.

Baixa criatividade no tempo regulamentar

Acostumado a criar várias chances de gol nos jogos sob o comando do técnico Jorge Sampaoli, o Atlético esteve pouco inspirado ofensivamente no Defensores del Chaco. As alternativas de ataque alvinegras no tempo regulamentar passavam principalmente por Dudu, constantemente acionado pela esquerda – o camisa 92 até teve iniciativa para jogadas individuais, mas poucas surtiram efeito.

Não havia dificuldade para alcançar o terço final. O problema esteve mesmo no que o Galo não produziu neste setor do campo: faltaram dinâmicas para desestruturar a marcação do Lanús e gerar boas oportunidades – foram apenas oito finalizações e todas elas de fora da área.

O dado de “ações com a bola na área adversária”, do SofaScore, é outro dos que ajudam a explicar este cenário: o time argentino teve 19, enquanto o mineiro teve apenas nove. No tempo regulamentar, somente uma falta cobrada pelo meia-atacante Bernard levou perigo à meta adversária ao parar na trave, ainda no primeiro tempo.

Lance da final entre Lanús e Atlético - (foto: Pedro Souza/Atlético)
Lance da final entre Lanús e Atlético(foto: Pedro Souza/Atlético)

Falta de opções no banco para mudar o panorama

Diante do cenário de pouca criatividade, o Atlético poderia apostar no banco de reservas para ganhar força contra o Lanús. Apesar disso, eram limitadas as opções que poderiam agregar de fato mais qualidade técnica à circulação de bola: dos que foram titulares em boa parte da temporada, somente o volante Alexsander e o meio-campista Gustavo Scarpa estavam à disposição.

Quando acionada, a dupla também pouco contribuiu para mudar o panorama. Além deles, saíram do banco o lateral-esquerdo Caio, o lateral-direito Saravia e o atacante Biel.

O motivo aqui citado talvez seja um dos mais comentados por torcedores alvinegros nas redes sociais para explicar o vice-campeonato do Galo. Insatisfeitos com a qualidade do elenco formado no início deste ano, diversos atleticanos têm protestado contra a diretoria depois da decisão.

Chances perdidas por Biel na prorrogação

Questionado desde quando foi contratado, o atacante Biel viveu noite para se esquecer no Paraguai. Acionado aos três minutos do primeiro tempo da prorrogação, o jogador do Sporting-POR perdeu duas chances claras de gol que certamente poderiam ter dado melhor destino ao Atlético.

A primeira veio depois de cruzamento à grande área – quando, mesmo próximo à meta de Losada, cabeceou fraco para defesa tranquila do goleiro do Lanús. Depois, servido por passe na medida de Hulk em contra-ataque, o camisa 77 desperdiçou oportunidade frente a frente com o arqueiro adversário.

Biel com as mãos no rosto após perder chance para marcar o gol do Atlético - (foto: José Bogado/AFP)
Biel com as mãos no rosto após perder chance para marcar o gol do Atlético(foto: José Bogado/AFP)

Pênaltis mal batidos

No meio dos apaixonados pelo futebol, alguns defendem a tese de que um pênalti bem batido “é o que entra”. Independentemente de opiniões pessoais sobre o tema, de toda forma, a qualidade das cobranças perdidas pelo Atlético no Defensores é, no mínimo, discutível.

Primeiro, Hulk cobrou cruzado à meia-altura, com média força, em lance que poderia colocar o Galo na frente na disputa. Depois, Biel foi outro a cobrar à meia-altura, ainda que com um pouco mais de força. Por fim, o pênalti que decidiu a taça foi, sem dúvidas, o pior deles: com pouca potência, o zagueiro Vitor Hugo bateu entre o meio e o canto direito de Losada, facilitando a defesa do goleiro e confirmando o título do Lanús.

Atlético tenta “virar a página”

Sem mais tempo para lamentações, o Atlético se concentra no clássico interestadual a ser disputado pela 36ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, contra o líder Flamengo. Os rivais medirão forças na Arena MRV, em Belo Horizonte, a partir das 21h30 desta terça-feira (25/11).

Galo ainda sonha com uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores, mesmo com chances remotas de vaga. O clube mineiro ocupa a 11ª posição na tabela de classificação da competição nacional, com 44 pontos – a 11 de distância do Fluminense, primeiro integrante do G7.

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