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Seabra explica ‘apagão’ do Cruzeiro contra o Alianza, na Sul-Americana

Novo técnico do Cruzeiro usou a entrevista pós-jogo para explicar, em termos técnicos, o empate melancólico em sua partida de estreia
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Fernando Seabra usou a entrevista pós-jogo para explicar, de forma técnica, quais foram os fatores que levaram o Cruzeiro a sofrer ‘apagão’ em sua estreia. Nesta quinta-feira (11/4), a Raposa empatou por 3 a 3 com o Alianza, da Colômbia, na segunda rodada do Grupo B da Copa Sul-Americana

O Cruzeiro começou a partida de forma fulminante e fez três gols ainda no primeiro tempo. Na etapa complementar, o Alianza foi de adversário pouco competitivo a visitante indigesto. Mesmo com ampla desvantagem, a equipe colombiana se manteve no ataque, aproveitou as sucessivas falhas da defesa celeste e empatou o jogo nos acréscimos.


“Precisamos desenvolver o repertório defensivo nas três fases do jogo. E o ofensivo, no sentido de, quando estiver em vantagem, trabalhar a bola com uma circulação mais rápida; mudar o ponto de ataque mais rápido; e dificultar as subidas e os gatilhos de pressão com os quais a gente, muitas vezes, acaba sendo surpreendido. Proporcionamos (ao adversário) contra-ataques muito perigosos e que nos deixam muito expostos e em uma situação desconfortável”

Fernando Seabra, técnico do Cruzeiro

“Agora, precisamos pesar na balança. Tivemos bons comportamentos no primeiro tempo, mas não tivemos consistência nos bons comportamentos. Nesse momento, diante da proposta que está sendo implementada, é um ponto de partida muito claro para aquilo que a gente tem que reforçar e aquilo que precisamos evitar. A partir daqui, é crescer para o próximo jogo e aproveitar os problemas que o Alianza colocou para nós”, refletiu o treinador.

Situação do Cruzeiro na Sul-Americana

A Universidad Católica-EQU está na primeira posição do Grupo B, com quatro pontos. Em seguida, vêm Unión La Calera-CHI (2º, com 3) e Cruzeiro (3º, com 2). Lanterna da chave, o Alianza soma um ponto.

Apenas o líder se classifica às oitavas de final da Sul-Americana. O segundo colocado precisará jogar a etapa de repescagem contra uma equipe eliminada da fase de grupos da Copa Libertadores.

Veja a análise de Seabra na íntegra

São dois tempos totalmente distintos de jogo. E esses atletas conseguiram produzir um primeiro tempo muito bom. Para dois dias de trabalho, a gente conseguiu mudar muitos comportamentos defensivos e recuperar muitas bolas no ataque. O adversário buscou variações (de jogo), e a gente ainda sim conseguiu neutralizar a maior parte delas. Construímos uma vantagem no placar e conseguimos ter o controle da bola, com variações ofensivas. Já mostramos um sinal de queda no final do primeiro tempol. Perdemos um pouco da agressividade e da objetividade com a bola. Também mostramos deficiência em defender algumas bolas que a equipe do Alianza colocou em profundidade e nas diagonais. Isso já serviu de aviso para o segundo tempo.

Voltamos com certo domínio e presença no segundo tempo, mas o adversário ajustou algumas subidas de pressão quando a gente trabalhava a bola, principalmente entre os zagueiros. Tivemos dificuldade de dar sequência e fluir nesse jogo. Ainda tivemos umas chegadas no último terço ou na área, mas começamos também a querer entrar com bolas longas contra uma equipe que já estava com a linha de cinco baixa. E aí mesmo perdendo estava explorando o contra-ataque. Sofremos muitos contra-ataques, isso gerou um desgaste. Estávamos muito expostos e com risco de sofrer gols. E nós sofremos dois gols já em transições do adversário.

Isso fez com que a gente antecipasse algumas trocas, para ter mais consistência nas transições. A equipe voltou a ficar mais equilibrada. No final do jogo, o adversário optou por avançar bem os alas, fazer inversões de bola em diagonal e pesar as costas dos nossos defensores, fazendo dobras. Eles criaram algumas dificuldades para as quais a gente ainda não têm mecanismos (de defesa) bem claros. Por isso, tivemos dificuldade. A gente teve boas oportunidades para definir o jogo, mas não fomos felizes. E no final do jogo a gente proporcionou muitas oportunidades de falta para o adversário, que já é um adversário alto e forte nas bolas aéreas. E a gente teria que ter definido com um pouco mais de equilíbrio, obrigado eles a jogar a bola para trás e subido o bloco de forma mais equilibrada. Fomos um pouco precipitados, fizemos as faltas e levamos o jogo para característica do adversário.

Então, não soubemos nesse momento neutralizar e manter o equilíbrio e o jogo na nossa característica. Acabamos, infelizmente, cedendo os gols. Agora, precisamos pesar na balança. Tivemos bons comportamentos no primeiro tempo, mas não tivemos consistência nos bons comportamentos. Nesse momento, diante da proposta que está sendo implementada, é um ponto de partida muito claro para aquilo que a gente tem que reforçar e aquilo que precisamos evitar. A partir daqui, é crescer para o próximo jogo e aproveitar os problemas que o Alianza colocou para nós. Precisamos desenvolver o repertório defensivo nas três fases do jogo. E o ofensivo, no sentido de, quando estiver em vantagem, trabalhar a bola com uma circulação mais rápida; mudar o ponto de ataque mais rápido; e dificultar as subidas e os gatilhos de pressão com os quais a gente, muitas vezes, acaba sendo surpreendido. Proporcionamos (ao adversário) contra-ataques muito perigosos e que nos deixam muito expostos e em uma situação desconfortável.

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