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Matheus Pereira rebate pergunta de jornalista após derrota do Cruzeiro: ‘Maldosa’

Matheus Pereira, do Cruzeiro, não gostou de ser questionado sobre a queda em seu desempenho e rebateu pergunta de jornalista
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Principal destaque do Cruzeiro nesta temporada, Matheus Pereira se mostrou incomodado com um questionamento feito a ele na zona mista da Bombonera, em Buenos Aires, após a derrota por 1 a 0 para o Boca Juniors, nessa quinta-feira (15/8), pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O camisa 10 não gostou de ser questionado em relação à queda de desempenho individual e rebateu a pergunta feita por um jornalista. 

“Eu acho que nem sempre tu vai jogar bem. Sua pergunta é um pouco maldosa. Acho que é, sabe por que? Para tu fazer uma pergunta dessa, tu entende muito bem de futebol. Eu acho, minha opinião. É claro que as coisas não tem acontecido, é normal com uma derrota, um jogo menos positivo igual foi no Mineirão (contra o Atlético), aí começa a se levantar muito essa questão”, disse.

Após o término da zona mista, Matheus Pereira se desculpou com o repórter por ter rebatido a pergunta. A reportagem de No Ataque, que estava no local, presenciou o momento.  

Pereira tem tido dificuldades para se livrar da marcação adversária nos últimos jogos do Cruzeiro. Ele também passou em branco, sem dar nenhuma assistência ou marcar um gol, na derrota para o Fortaleza (2 a 1) e no empate com o Atlético (0 a 0), ambos pelo Campeonato Brasileiro.

Em 39 jogos disputados em 2024, Pereira marcou nove gols e deu 12 assistências aos companheiros.

Matheus Pereira teve noite de pouco brilho

Matheus teve uma noite pouco inspirada na Argentina. No primeiro tempo, o armador não conseguiu se livrar da marcação da defesa xeneize e sofreu muitas faltas – ou pelo menos tentou cavar algumas. Além disso, ele errou 12 passes e não criou nenhuma situação de perigo para o adversário. 

‘Minado’ pelas constantes faltas, o meia cruzeirense caiu na famosa catimba argentina. Aos 23 minutos da etapa inicial, Matheus Pereira se envolveu em uma confusão com Pol Fernández

Pereira e Fernández bateram boca próximo ao meio-campo. Enquanto o uruguaio Cavani tentava apaziguar os ânimos, o argentino colocou a mão esquerda repetidas vezes no rosto do jogador da Raposa. Passada a discussão, o árbitro venezuelano Jesús Valenzuela deu cartão amarelo aos dois atletas.

O lance de maior destaque do armador celeste foi um passe em profundidade nas costas da defesa do Boca para Lautaro Díaz. No entanto, o ponta-direita estava em posição de impedimento no momento da finalização em direção à meta de Sergio Romero. 

Diálogo completo entre jornalista e o meia do Cruzeiro

Repórter: “Queria que você fizesse uma avaliação do seu futebol. Você acha que dava para o Matheus ter entregado um pouco mais?”. 

Matheus Pereira: “Você acha?”. 

Repórter: “Eu acho”

Matheus Pereira: “O que você acha?”. 

Repórter: “Eu já vi você jogar muito mais e acho que daria para jogar um pouco mais. É claro que você está perguntando a minha opinião e eu acho que você poderia entregar um pouco mais. A torcida do Cruzeiro também espera muito mais de você. Aí queria saber de você?”.

Matheus Pereira: “Quando você fala de entregar, você fala de quê?”. 

Repórter: “De entregar passes precisos, não estou falando de determinação, porque a gente vê muita determinação em você, estou falando de qualidade no passe e na finalização. Eu queria ouvir de você o que você pensa”. 

Matheus Pereira: “Eu acho que nem sempre tu vai jogar bem. Sua pergunta é um pouco maldosa. Acho que é, sabe por que? Para tu fazer uma pergunta dessa, tu entende muito bem de futebol. Eu acho, minha opinião (risos). É claro que as coisas não tem acontecido, é normal com uma derrota, um jogo menos positivo igual foi no Mineirão (contra o Atlético), aí começa a se levantar muito essa questão. Mas eu confio nos meus companheiros, em mim e no meu futebol. É o momento. Infelizmente as coisas não estão saindo, mas a gente tem trabalhado em cima disso. Acho que o jogo ainda está aberto. Esse 1 a 0 aqui é um resultado parcialmente positivo para eles, mas em casa vai ser um jogo completamente diferente e a gente tem que colocar o nosso poder ofensivo. O jogo ainda está em aberto. Mas claro, respeito sua opinião e sua crítica, aceito ela super de boa, tranquilo, sem problema nenhum. Mas é como eu sempre digo, futebol é momento. É normal. Quando não se ganha, se levanta muitas questões. Eu já errei muito mais em jogos que a gente ganhou”.

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