CRUZEIRO

Paixão atípica pelo Cruzeiro fez família paranaense cruzar fronteira para ver jogo

Pai e filho do interior do Paraná viajaram 500 quilômetros de carro para ver Libertad x Cruzeiro, no Paraguai, pela Copa Sul-Americana
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A paixão por clubes de futebol cruza barreiras geográficas. Um grupo de torcedores paranaenses, que não tem qualquer vínculo com Minas Gerais, viajou 521 quilômetros para ver o Cruzeiro em ação na Copa Sul-Americana. O amor pela Raposa tem origem curiosa, mas já se tornou herança de família.

Bruno Benachio é quem conta a história. O cruzeirense de 29 anos é professor de educação física e dono de uma academia em Braganey, no interior do Paraná.

Um trajeto de mais de sete horas separa o munícipio de seis mil habitantes de Assunção, no Paraguai, onde o Cruzeiro jogou na quinta-feira (19/9) pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. Com gols de Kaio Jorge e Lautaro Díaz, a Raposa venceu o Libertad por 2 a 0 no Defensores del Chaco.

“Meu pai é paranaense de Santa Helena, uma cidade a 160 quilômetros de Braganey. Quando criança, ele não tinha time, mas era vizinho de um mineiro que era cruzeirense. ‘Quando você for torcer para algum time, torça para Cruzeiro’, ele dizia. Isso na década de 1970, em que o clube era campeão direto e tinha grandes craques. Aí ele começou a acompanhar pelo rádio e está torcendo para o Cruzeiro até hoje”

Bruno Benachio, torcedor do Cruzeiro

“Eu sempre assisti aos jogos do Cruzeiro, quando criança ganhava bolas, roupas e adereços do clube. É muito raro eu não assistir um jogo, me considero um torcedor fanático, sou até sócio-torcedor. Meu pai também era fanático, mas hoje está mais tranquilo. E o meu filho tem três meses e já tem coisas do Cruzeiro, vou fazer ele ficar que nem eu”, complementou.


Família já percorreu grandes distâncias para ver o Cruzeiro

Pai de Bruno, Valmor Benachio tem 61 anos e trabalha como chapeador. Eles foram até Assunção ao lado de dois amigos. Essa foi a primeira viagem da família para um jogo internacional do Cruzeiro.

Em outras oportunidades, pai e filho deixaram Braganey para assistiram a jogos em estádios de Santa Catarina e cidades maiores do Paraná.

“Para nós vermos pessoalmente, tem que ser em Curitiba ou em Chapecó-SC, que é o mais barato. Mas, infelizmente a Chapecoense caiu e não voltou mais. Já fui duas vezes na Arena Condá. Também já fui ver (jogo contra o Operário) em Ponta Grossa-PR, que é um pouco mais perto.”

No Mineirão, porém, Bruno e Valmor fizeram apenas um visita: “Minha primeira vez no Mineirão foi na entrega da taça, aquela vitória de virada sobre o CSA, na última rodada da Série B (de 2022). Foi espetacular! Ver aquela virada em poucos minutos foi a melhor sensação do mundo.”

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