Para conquistar o título da Copa Sul-Americana pela primeira vez na história, o Cruzeiro terá missão complicada. Pelo menos na visão de alguns jornalistas argentinos. Neste sábado (23/11), a Raposa mede forças com o Racing pela decisão do torneio continental, a partir das 17h, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai.
Ao No Ataque, setoristas que acompanham o dia a dia do Racing analisaram o estilo de jogo do rival cruzeirense, que também almeja conquista inédita da Sul-Americana.
Lautaro Salucho, da Tyc Sports
Lautaro Salucho, da Tyc Sports, prevê decisão equilibrada, mas aposta em dedicação extrema do Racing no que ele chama de um dos duelos mais importantes da história do clube: “Vai ser pau a pau. O Racing é uma equipe que não costuma esperar pelos rivais e sai para jogar de igual para igual, tanto fora, como em casa”.
“Time que está acostumado a pressionar, que não dá a bola. Às vezes, naquele desespero, fica na defensiva, e os rivais levam vantagem. É uma equipe que não vai desistir mesmo que comece perdendo. Há um tempo, quando o Racing começou perdendo, não tinha como virar, mas depois da partida com o Boca Junior, teve consciência diferente e conseguiu virar jogos, como o anterior, contra o San Lorenzo. Para o Racing, uma final inesquecível. Depois de tanto tempo é, sem dúvida, uma das partidas mais importantes da sua história, com um treinador que chegou com o desejo de conquistar um título internacional”
Lautaro Salucho, jornalista da Tyc Sports
O jornalista ainda arriscou a escalação: Arias, Di Cesare, García Basso, Sosa, Martirena, Rojas, Juan Ignacio Nardoni, Agustín Almendra, Juan Fernando Quintero, Maximiliano Salas e Adrián Martínez.
Diego Louza, da Radio La Red
Diegou Louza, da Radio La Red, também mencionou a importância da partida contra o Cruzeiro. O Racing não copa um título continental desde 1988, justamente na Supercopa Libertadores, contra a Raposa. “Disputar uma decisão internacional é muito importante. Há 36 anos conquistou a última copa. E há 32 anos disputou a última final”, iniciou.
O jornalista deu méritos ao trabalho do técnico Gustavo Costas, no comando técnico da equipe argentina desde dezembro de 2023. “Assim que ele chegou ao Racing, disse que precisava voltar a conquistar um título internacional. Esse era o grande objetivo”, pontuou.
Depois, Louza avaliou a campanha do time na temporada. Para ele, o começo foi ruim, diferentemente da atuação na Sul-Americana.
“O primeiro semestre foi bastante irregular. O Racing ficou de fora da Copa da Liga e da Copa da Argentina. Mas, depois, o time, ao jogar na Sul-Americana, se uniu e encontrou o melhor nível. Fez uma grande copa na fase de grupos, marcando muitos gols, Passou do (Athletico) Paranaense e do Corinthians sendo superior aos rivais”
Diego Louza, jornalista da Radio La Red
Na sequência, o setorista destacou alguns atletas e o trabalho do técnico de recuperá-los. “Costas encontrou Quintero, condutor, aquele jogador decisivo que procurava. Maravilla Martínez é uma máquina de fazer gols e de fato é o artilheiro do Copa Sul-Americana. Tem um goleiro de seleção, o Arias. Encontrou solidez na defesa com Di Cesare e Sosa. Um meio-campo bem montado, com jogadores interessantes, que são Nardoni e Almendra. Encontrou o time”, prosseguiu.
Na visão do jornalista, os argentinos invadirão o Paraguai: “Multidão de torcedores vai tomar conta de Assunção, fala-se que mais de 30, 40 mil torcedores no Paraguai. Obviamente nem todos vão entrar no estádio, mas tem uma mobilização aqui em Buenos Aires para a final”.
Mariana Rodríguez, Radio Cadena Eco
Mariana Rodríguez, da Radio Cadena Eco, demonstrou muita confiança. Mais de uma vez, a jornalista tocou na palavra ‘entusiasmo’ e variações.
Para ela, Costas vive o melhor momento como treinador do Racing. “O ciclo do Gustavo Costas teve altos e baixos. Além de treinador, é claramente um adepto da instituição. Este é o terceiro ciclo como treinador e tem os maiores resultados”.
A motivação levando em conta o jejum de título também foi pauta: “O Racing vai curtir esta final como nunca antes. Os torcedores estão claramente muito entusiasmados, considerando que a última vez que levantou taça internacional foi em 1988”.
Assim como os companheiros de profissão, Rodríguez crê que os argentinos estarão presentes em peso na decisão: “Na fila virtual, estavam 30 mil pessoas. Foi uma loucura. Vai haver uma invasão de torcedores no Paraguai. Obviamente, estamos todos entusiasmados para que o resultado que tanto esperamos possa ser alcançado”.