O Cruzeiro não começou bem a caminhada na Copa Sul-Americana. Jogou mal contra o Unión e deixou o Estádio 15 de Abril, em Santa Fé, na Argentina, derrotado por 1 a 0. Após a frustrante atuação, o técnico Leonardo Jardim explicou o intuito da escalação e reconheceu o desempenho abaixo das expectativas.
Na vitória por 2 a 1 sobre o Mirassol, pela estreia no Campeonato Brasileiro, a Raposa entrou em campo com quatro atacantes e dois volantes, além dos defensores. Dessa vez, Leonardo Jardim preferiu uma equipe com mais poder de marcação – pelo menos na teoria. Abriu mão de um ofensivo para acionar um volante (Dudu por Christian) e substituiu Kaiki por Villalba na lateral esquerda. Além disso, acionou Lautaro Díaz na vaga de Kaio Jorge e tirou Matheus Henrique para dar chance a Lucas Romero.
“Foi um jogo não muito bem jogado, foi um jogo muito de luta, de entrega, e já sabíamos disso, não é? Nós entramos com muitos jogadores que têm essa característica mais de agressividade, de luta, porque sabíamos que queria assim. Acho que o início da segunda parte foi o nosso melhor tempo. Depois, voltamos a perder um pouco. O adversário foi mais intenso e foi feliz em uma bola parada”, explicou.
O objetivo não foi atingido. Em ambas as parciais, a Raposa não conseguiu anular os argentinos nem trocar passes com algum objetivo e criar jogadas perigosas. No fim, o castigo. Nos acréscimos, Diego Díaz aproveitou cobrança de escanteio e, livre de marcação, chutou de primeira para marcar o único tento da partida.
‘Não conseguimos nos impor’
Na sequência, o comandante português garantiu que não foi pego de surpresa com a atmosfera do estádio. Admitiu que o grupo deixou a desejar e fez breve análise do duelo.
“Tivemos dificuldade, mas sabemos que tipo de jogos são esses. Não conseguimos nos impor em nenhum momento. Jogo de luta, com intensidade, muitos duelos. No primeiro tempo, tivemos muita dificuldade de circular, o adversário pressionando. No segundo tempo, melhoramos um pouco. Depois, na parte final quebramos. Mas é este tipo de adversários que temos. Precisamos ter a mentalidade que este jogo é totalmente diferente do jogo do Mirassol”
Leonardo Jardim, técnico do Cruzeiro
Em outras oportunidades, o treinador já havia apontado a bola aérea como um dos principais problemas defensivos do clube. Agora, tocou na mesma tecla: “Tentamos equilibrar em termos de intensidade, colocando os nossos jogadores também mais intensos. Mas acabamos sendo castigados no fim, por uma bola parada. Um problema que nós tentamos corrigir, que é o jogo aéreo”.
Próximos jogos do Cruzeiro
Assim que voltar de Santa Fé, o Cruzeiro terá compromisso pelo Campeonato Brasileiro. A Raposa enfrenta o Internacional no domingo (6/4), a partir das 18h30, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
Pela Sul-Americana, o próximo jogo será diante do Mushuc Runa. O Cruzeiro encara os equatorianos em 9 de abril (quarta-feira), às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte. Por causa de punição da Conmebol, o clube celeste jogará de portões fechados.
