COPA SUL-AMERICANA

‘La 14’: a torcida que empurrou o campeão Lanús no grito contra o Atlético

Time argentino conquistou o bicampeonato da Copa Sul-Americana ao bater o Galo nos pênaltis no Defensores del Chaco, em Assunção

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Em Assunção, a massa granate transformou o Defensores del Chaco em um caldeirão que empurrou o Lanús ao título da Copa Sul-Americana, após empate por 0 a 0 e vitória por 5 a 4 nos pênaltis.

Nesse sábado (22/11), desde os primeiros minutos, a impressão era a mesma: o Atlético teria de enfrentar duas forças — o Lanús em campo e uma arquibancada que simplesmente não sabia o que era silêncio. “La 14” transformou a tarde paraguaia em um redemoinho grená.

O time é limitado, vacilante, irregular. Mas a torcida, não. A cada disputa de bola, a cada avanço tímido, a cada retomada, o barulho crescia como se o estádio inteiro se contraísse e expandisse no ritmo da banda granate.

Era um canto que não vinha só das cordas vocais. Vinha do peito, do coração, da alma. O recado era um só: o time pode fraquejar; a arquibancada, jamais.

Mesmo quando o jogo parecia caminhar para um desfecho desfavorável, a massa granate se mantinha em estado de fervura constante. Bandeirão, batuques, pulos sincronizados e um coro que não diminuía nem nos momentos de maior apreensão criavam um contraste evidente com o futebol apresentado.

O Lanús entrou em campo como uma equipe não candidata ao título; sua torcida entrou como potência, com a confiança de campeã.

Na prorrogação, quando as pernas já não respondiam e o nervosismo tomava conta dos dois lados, a arquibancada argentina seguia firme, como se sustentasse o time apenas com a força do som.

Nos pênaltis, o caldeirão grená ficou ainda mais gigante: pulsava, rugia, engolia o silêncio e devolvia coragem.

Quando o zagueiro Vitor Hugo perdeu o pênalti e o goleiro Nahuel Losada fez a defesa, veio a recompensa para uma torcida que simplesmente não se cala.

O Lanús foi campeão mais pelos erros do Atlético do que por méritos técnicos. Mas sua torcida — incansável, barulhenta, feroz, vibrante — foi a verdadeira gigante da tarde.

Ali, em Assunção, venceu quem tinha menos futebol, menos estrelas em campo. Mas venceu quem tinha mais alma.

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