SELEÇÃO BRASILEIRA

Jaeci aponta possível substituto de Dorival na Seleção Brasileira: ‘É o sonho dele’

CBF demitiu o técnico Dorival Júnior em meio ao desempenho ruim nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026

Com a saída do técnico Dorival Júnior da Seleção Brasileira, o jornalista Jaeci Carvalho apontou o eventual substituto. Em seu canal no YouTube, o colunista do Estado de Minas garantiu que Carlo Ancelotti, do Real Madrid, é apenas uma “cortina de fumaça” do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues. O italiano de 65 anos pretende cumprir seu contrato com o clube espanhol, que se encerra em junho de 2026.

“Toda vez que a Seleção Brasileira vai mal, o Sr. Ednaldo ‘inventa’ Carlo Ancelotti. Eu desmenti no primeiro dia que ele falou, disse que o Ancelotti renovaria com o Real Madrid e cronologicamente mostrei todos os fatos. A mentira se comprovou. Agora ele está dizendo que o Ancelotti conversa depois do Mundial (de Clubes), que será disputado nos Estados Unidos com 32 clubes. Olha, o Ancelotti já deu uma declaração: ‘Eu trabalho no maior clube do mundo, que é o Real Madrid. E pretendo me aposentar no Real Madrid’. O Ancelotti tem contrato até junho de 2026 e pretende terminar sua carreira no Real Madrid”.

Conforme Jaeci, no momento só há um profissional de prestígio internacional realmente disposto a assumir a Seleção Brasileira. Trata-se do português Jorge Jesus, que dirige o Al-Hilal, da Arábia Saudita. O técnico de 70 anos fez história no Flamengo, quando conquistou o Campeonato Brasileiro de 2019 com muita vantagem sobre o Santos, segundo colocado (90 pontos a 74), e venceu também a Copa Libertadores da América.

“Neste momento, só há um nome: Jorge Jesus, técnico português que trabalha no mundo árabe e fez um belíssimo trabalho no Flamengo. Ele já disse que o sonho dele é dirigir a Seleção Brasileira. É a última chance dele. Ele largaria hoje o clube árabe para assumir a Seleção Brasileira”.

Jaeci Carvalho
Jorge Jesus em coletiva de imprensa. - (foto: YASIN AKGUL/AFP)
Jorge Jesus em coletiva de imprensa(foto: YASIN AKGUL/AFP)

‘Campanha digna’

Na opinião do jornalista, independentemente do técnico que entrar no lugar de Dorival Júnior, a missão será conduzir o Brasil a uma “campanha digna” na Copa do Mundo, sem ter o peso de brigar pelo título.

“Mesmo vindo Jorge Jesus, Ancelotti ou Guardiola, nós não ganharemos Copa do Mundo. Tem que trazer um cara desses para reorganizar o futebol brasileiro e fazermos uma campanha digna na Copa do Mundo do México, Canadá e Estados Unidos em 2026”.

Nas Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar, o Brasil foi comandado por Tite. Em ambas as edições, a equipe verde-amarela chegou às quartas de final, perdendo para Bélgica (2 a 1) e Croácia (empate por 1 a 1 e derrota nos pênaltis por 4 a 2).

Com cinco títulos, o Brasil é o maior vencedor do Mundial: 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. O país ainda ficou na segunda posição em 1950 e 1998.

A demissão de Dorival Júnior

Dorival Júnior teve a demissão da Seleção Brasileira confirmada na tarde desta sexta-feira (28/3). Em nota, a CBF desejou sucesso ao profissional de 62 anos e informou que buscará um substituto.

A Confederação Brasileira de Futebol informa que o técnico Dorival Júnior não comanda mais a Seleção Brasileira. A direção agradece ao profissional e deseja sucesso na continuidade de sua carreira. A partir de agora, a CBF vai trabalhar em busca do substituto.

Nota oficial da CBF

O experiente técnico permaneceu no cargo durante pouco mais de um ano e dois meses. Foram 16 jogos, com sete vitórias, sete empates e duas derrotas – um aproveitamento de 58,3%.

Com Dorival, o Brasil marcou 25 gols. O principal ponto baixo foi o desempenho defensivo, com 17 gols sofridos, média de mais de um por partida.

Brasil nas Eliminatórias

Considerando apenas a classificação das Eliminatórias da Conmebol, o Brasil está em situação relativamente tranquila, na quarta posição, com 21 pontos. A Venezuela, que ocupa o sétimo lugar e neste momento iria para a repescagem, soma 15 pontos.

Portanto, é difícil imaginar que a Seleção Brasileira ficaria fora da Copa, sobretudo pelo aumento do número de participantes, de 32 para 48. Todavia, há grande preocupação com a falta de evolução da equipe com Dorival Júnior.

As fragilidades do Brasil ficaram evidentes na partida contra a Argentina. Mesmo sem o craque Lionel Messi, os hermanos venceram com tranquilidade por 4 a 1 e só não ampliaram a diferença graças a boas defesas do goleiro Bento.

A Argentina teve espaço para trocar passes e praticamente não foi incomodada pelos atacantes do Brasil. Vinicius Junior, Rodrygo e Raphinha, protagonistas por Real Madrid e Barcelona, tiveram pouquíssimas ações no setor ofensivo.

Próximos jogos

O Brasil volta a campo pelas Eliminatórias em junho, quando enfrentará Equador (fora) e Paraguai (casa). O torneio qualificatório para a Copa terminará em setembro, diante de Chile e Bolívia.

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