Após cerca de dois anos de investidas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Carlo Ancelotti finalmente aceitou o desafio de treinar a Seleção Brasileira. Em entrevista ao jornal Marca, o italiano contou os bastidores da primeira negociação, em 2023, e quando tomou a decisão de deixar o Real Madrid.
Com a saída de Tite, em 2023, Ednaldo Rodrigues, então presidente da CBF, anunciou Fernando Diniz como técnico interino até a chegada de Ancelotti – que, de acordo com o mandatário, assumiria a Canarinho após o término do vínculo com Real Madrid, em junho de 2024. O italiano, entretanto, optou por renovar com o time espanhol, e quem assumiu a Seleção em definitivo foi Dorival Júnior – desligado em março deste ano.
“Eu sempre disse a verdade. Minha prioridade sempre foi o Real Madrid. Na primeira abordagem (da CBF), o clube me ofereceu uma renovação de contrato e não houve hesitação. Sempre disse que ficaria no Real Madrid o máximo de tempo possível”, explicou Ancelotti sobre a primeira negociação com a entidade máxima do futebol brasileiro.
A última temporada à frente do Real Madrid, entretanto, mudou a visão de Ancelotti sobre a continuidade no time espanhol. Treinador com mais títulos na história do clube (15), o italiano encerrou o calendário europeu sem nenhum dos três principais troféus: Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol e Copa do Rei.
A decisão sobre a saída foi tomada antes mesmo do fim da temporada: “Os resultados não foram os esperados. O jogo do time também não foi bom. Era hora de fazer alguma coisa. Depois da eliminação para o Arsenal (nas quartas de final da Liga dos Campões), conversamos sobre isso e decidimos. Era algo que estava por vir. O time não estava bem, e foi aí que todos nós percebemos que era melhor o Real Madrid me procurar e eu olhar para o Brasil”.
A eliminatória citada por Ancelotti ocorreu em abril. No dia 8, no Emirates Stadium, o Arsenal ganhou por 3 a 0. A volta, disputada no dia 16 no Santiago Bernabéu, foi novamente vencida pelos ingleses: 2 a 1.
