COPA LIBERTADORES

Atlético ‘amassa’ River com show de Deyverson e encaminha ida à final da Libertadores

Sólido desde o começo, Galo tem grande atuação na Arena MRV e abre bela vantagem na busca pela Glória Eterna
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A segurança de um time copeiro aliada à estrela do atacante Deyverson na Arena MRV. Assim o Atlético ‘amassou’ o River Plate, venceu por 3 a 0 a partida de ida da semifinal nesta terça-feira (22/10) e encaminhou vaga na decisão da Copa Libertadores. 

Deyvinho, como é carinhosamente chamado pela torcida, mostrou muito brilho e marcou duas vezes. Paulinho, já aos 30’ do segundo tempo, fechou o placar, justamente com uma assistência do camisa 9. 

O Atlético fez um jogo sólido desde o começo. Mesmo pressionado na saída de bola, teve inteligência para saber os momentos de atacar e tranquilidade para se defender. Empurrado pela torcida – que bateu recorde de público no estádio, com 44.870 presentes -, não decepcionou em campo e contou com boa atuação da maioria dos jogadores. 

Os times voltam a se enfrentar na próxima terça-feira (29/10), às 21h30, no Monumental, em Buenos Aires, na Argentina. Com a vitória, o Atlético pode perder por até dois gols de diferença que ainda garante vaga na final da Libertadores.

Próximos jogos de Atlético e River

Antes da partida decisiva, o Galo receberá o Internacional no sábado, às 19h, na Arena MRV, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Já os Millonarios visitam o Defensa y Justiça na sexta-feira, às 21h, no Estádio Norberto Tito Tomaghello, em Buenos Aires, pela 19ª rodada do Campeonato Argentino.

Atlético x River: o jogo

As estratégias para o jogo puderam ser vistas já nas escalações. Gabriel Milito colocou em campo um Atlético mais ofensivo, com as entradas de Fausto Vera e Deyverson nos lugares de Otávio e Rubens, respectivamente. Já Marcelo Gallardo optou por um esquema com três zagueiros no River.

A primeira jogada de impacto foi dos donos da casa. Em cobrança de escanteio antes dos cinco minutos, Battaglia cabeceou, e Deyverson empurrou para a rede. O auxiliar, no entanto, assinalou impedimento, que foi confirmado pelo VAR. Os jogadores alvinegros até pediram pênalti por toque de mão, mas a arbitragem entendeu que não houve infração.

O clima era intenso nas arquibancadas. De um lado, a torcida do River não parava de cantar, enquanto os atleticanos respondiam do outro, com muita festa, cantos e até sinalizadores – proibidos pela Conmebol.

Em campo, os argentinos mostravam coragem, com uma marcação individual na saída de bola e linhas bem altas. Isso acabava gerando espaço para o Atlético nas pontas.

Hulk durante Atlético x River - (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA.Press)
Hulk durante Atlético x River. Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA.Press)

As disputas eram acirradas. Os jogadores do Galo não tinham tempo para respirar quando estavam com a bola e acabavam explorando os lançamentos ao serem pressionados. Os Millonarios, por sua vez, também tinham dificuldade para criar.

E foi justamente em um lançamento que o Atlético saiu na frente. Único “livre” na saída de bola, Lyanco fez o passe longo, a bola bateu nas costas de Hulk e sobrou para Deyverson, com muita tranquilidade, driblar o goleiro e mostrar a estrela para marcar: 1 a 0 aos 21’, e explosão da torcida nas arquibancadas.

O gol não mudou a postura dos times. Os donos da casa demonstravam inteligência com a bola no pé, sem pressa para chegar ao ataque. O River não conseguiu uma reação imediata.

O fim do primeiro tempo foi de maior controle dos argentinos, que chegavam principalmente pelas laterais. Lyanco, que fazia bela atuação com e sem bola, teve o nome gritado pela torcida nos minutos finais.  Em resumo, um jogo equilibrado, com poucas chances e um resultado parcial ocasionado porr detalhes. 

Segundo tempo

O Atlético voltou melhor do intervalo. Com boas intervenções defensivas, não dava espaço para o River explorar os contra-ataques, além de assustar na bola parada.

A sintonia de Deyverson com a torcida também chamava atenção. Além do gol, o centroavante brigava, dava chapéu e era uma arma importante do alvinegro para segurar a bola no ataque. “Deyvinho, Deyvinho”, gritavam os atleticanos na Arena MRV.

O time de Milito pressionava em busca do segundo gol. Do outro lado, a torcida do River respondia nas arquibancadas em qualquer sinal de ataque da equipe visitante.

Gallardo também tentava uma reação em campo e fez três alterações logo aos 14 minutos, mantendo a estrutura tática da equipe. Algo claramente pedido era a tentativa de explorar o espaço entre Arana e Alonso por meio de lançamentos.

O jogo caiu de intensidade. O Atlético já não contava com um apoio defensivo tão grande dos atacantes, e o River tinha mais a posse. O clima esfriou no campo e nas arquibancadas pelo lado da equipe mineira.

Mas isso não foi o suficiente para abalar a confiança do time. Aos 25’, em bela jogada trabalhada, Arana puxou para o meio e deixou Deyverson na cara do gol para finalizar cruzado, de esquerda, e enlouquecer a Arena MRV: 2 a 0.

Deyverson foi ovacionado pela torcida do Atlético na Arena MRV

E não parou por aí. Menos de cinco minutos depois, Paulinho recebeu de Deyverson na entrada da área, finalizou de primeira e contou com desvio na zaga para marcar: 3 a 0.

O River conseguiu ficar mais com a bola depois disso, mas não ameaçou o gol alvinegro. Milito, percebendo a bela vantagem, sacou Deyverson e colocou o volante Otávio para maior segurança defensiva. 

Restou ao Atlético controlar o (pouco) ímpeto que restava ao River. Nos campos e na arquibancada, o alvinegro ‘amassou’ o time argentino: fim de jogo com vitória soberana na Arena MRV.

Atlético 3 x 0 River Plate

Atlético
Everson; Lyanco, Battaglia, Junior Alonso e Guilherme Arana; Fausto Vera, Alan Franco e Gustavo Scarpa; Paulinho, Hulk e Deyverson (Otávio, aos 36’ do 2ºT)
Técnico: Gabriel Milito

River Plate
Armani; Bustos, Pezzella, Paulo Día, Pírez e Enzo Díaz; Simón (Meza, aos 14’ do 2ºT), Nicolas Fonseca (Villagra, aos 14’ do 2ºT) e Nacho Fernández (Lanzini, aos 14’ do 2ºT); Colidio (Solari, aos 26’ do 2ºT) e Borja (Bareiro, aos 26’ do 2ºT)
Técnico: Marcelo Gallardo 

Gols: Deyverson, aos 21’ do 1ºT, e aos 25’ do 2ºT; Paulinho, aos 29’ do 2ºT
Cartões amarelos: Vera; Colidio, Bustos, Enzo Díaz, Meza e Bareiro

Motivo: ida da semifinal da Copa Libertadores
Data: 22/10/2024 (terça-feira)
Estádio: Arena MRV, em Belo Horizonte

Árbitro: Jesús Valenzuela (Venezuela)
Assistentes: Jorge Urrego (Venezuela) e Tulio Moreno (Venezuela)
VAR: Juan Lara (Chile)

Renda: R$ 5.487.136,67
Público: 44.870

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