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Torcedores do Atlético citam ‘banheiro precário’ e ‘preço absurdo’ no estádio do San Lorenzo

Torcedores do Atlético se decepcionaram com as condições de higiene oferecidas pelo Nuevo Gasómetro, estádio do San Lorenzo

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Os torcedores do Atlético que se esforçaram para acompanhar de perto o time do coração em mais um desafio longe de Belo Horizonte na Copa Libertadores se decepcionaram com as condições mínimas oferecidas no Estádio Nuevo Gasómetro, do San Lorenzo, em Buenos Aires. Em entrevista ao No Ataque, nesta terça-feira (13/8), alguns alvinegros relataram o descaso do clube argentino com os brasileiros, que compareceram em bom número no setor visitante.

Mais de 600 atleticanos se organizaram para assistir à partida in loco. Os gastos foram muitos, desde passagens aéreas, translado, hotel, ingressos e alimentação. Porém, quem foi à casa do San Lorenzo – principalmente o público feminino – sentiu falta de um princípio considerado básico: a higiene.

Vinicius, de 32 anos, afirmou que a recepção dos argentinos não esteve nem perto de ser digna. Ele se queixou de um grande problema estrutural do estádio, como a falta de sanitários. Apenas três banheiros químicos foram disponibilizados para os atleticanos, sendo dois masculinos.

“A recepção está sendo uma das piores possíveis. Tem uma estrutura muito aquém da nossa lá. O que revolta é isso, eles chegam lá e tem tudo. Tem cerveja, estádio bom, recepção organizada e aqui é isso aqui que vocês estão vendo. É difícil, é só pelo Galo mesmo”, iniciou.

O torcedor alvinegro também reclamou do sabor do lanche vendido em um modesto trailer, estacionado a um metro dos banheiros. Os salgados estavam embrulhados por um saco plástico e eram expostos na bancada do ‘carrinho’.

“Vocês estão vendo aí a estrutura do banheiro. Eles colocaram uma barraquinha para vender um negócio absurdo. Olha aqui para ver a situação (mostrou o lanche que comprou). E fora a organização, que é maravilhosamente horrível”, completou.

Segurança agradou, mas os pontos negativos foram maiores

Na visão de Pedro, que é representante comercial em Belo Horizonte, o único ponto positivo para a torcida do Atlético foi a segurança até o estádio, que fica localizado em um dos bairros mais perigosos da Grande Buenos Aires. Os alvinegros foram escoltados pela polícia até o local durante todo o trajeto desde a saída da região de Puerto Madero.

“Até a chegada aqui no estádio foi muito bem a questão da segurança, a polícia escoltou tudo certinho e não tivemos problemas. Mas a infraestrutura do estádio é muito ruim. Dois banheiros para 2 mil pessoas é uma falta de respeito”, reforçou a reclamação.

Pedro também fez duras críticas aos preços praticados dentro do Nuevo Gasómetro. Um sanduíche simples estava sendo vendido por 10 mil pesos argentinos, o que corresponde a R$ 58. Somados os valores de refrigerante e batata frita, o lanche completo chegava a R$ 120.

“Uma única fila para pegar comida e bebida, além do preço absurdo se comparado ao que é no Brasil. E a gente vai tratá-los muito bem lá. Isso tem que ser revisto pela Conmebol. Uma Coca-Cola aqui custa 7 mil pesos, um lanche 10 mil pesos. Uma batatinha frita custa 4 mil pesos. Então é um valor muito grande se comparado com o que pagamos em Belo Horizonte e em outros estádios do Brasil”, disse.

Além disso, uma das críticas de quase todos os torcedores foi quanto à norma praticada em toda a Argentina, de não ter cerveja para venda nos bares dos estádios. A alternativa escolhida pelos brasileiros foi o refrigerante.

Experiência frustrante para torcedora do Atlético

Ana, de 30 anos, também considerou a experiência como frustrante. A torcedora do Galo, que viajou na companhia de três amigas, fez questão de ressaltar que as condições do Nuevo Gasómetro eram péssimas. Além disso, citou que o San Lorenzo ‘salgou’ o preço do ingresso destinado aos visitantes – o tíquete compraod por ela no setor custou R$ 495.

“Cheguei ontem de viagem aqui na Argentina e vim só para o jogo do Galo. Achei o clima da cidade até bom, o lugar que a gente ficou também é bom. O ponto de encontro e a escolta policial também foi ok. Mas assim, chegar aqui e encontrar as condições do estádio, principalmente de alimentação e banheiro, é muito precário. Muito mesmo”.

– Ana, torcedora do Atlético.

“E pensar que a gente pagou caro no ingresso e vai recebê-los lá de uma forma totalmente diferente, com uma arena organizada, banheiros limpos e alimentação bem melhor, é no mínimo frustrante. Eu paguei, com todo o câmbio, R$ 495 pelo ingresso, mais taxas. De escolta a gente pagou R$ 100 por ser particular”, finalizou.

Atlético x San Lorenzo

A primeira partida entre San Lorenzo e Atlético terminou empatada por 1 a 1. O jogo de volta será disputado na Arena MRV, em Belo Horizonte. A bola rolará na capital mineira a partir das 21h30 da próxima terça-feira (20/8).

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