COPA LIBERTADORES

Gol de ídolo e empate com rival: a única noite de Libertadores do Atlético no Maracanã

Atlético voltará a jogar pela Libertadores no Maracanã após 43 anos; último confronto precedeu duelo mais polêmico da história do Galo
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Palco mais tradicional do futebol brasileiro, o lendário Maracanã voltará a sediar um compromisso do Atlético na Copa Libertadores após 43 anos. Na única noite em que disputou jogo pelo principal torneio do continente no estádio carioca, o Galo contou com gol de um ídolo para sacramentar empate com um rival histórico.

Em 7 de agosto de 1981, Flamengo e Atlético mediram forças no confronto que praticamente definiria a liderança do Grupo 3 da Libertadores. Com times geracionais, os rivais interestaduais haviam empatado no primeiro encontro (2 a 2), no Mineirão, em Belo Horizonte.

A chave também contava com os paraguaios Cerro Porteño e Olimpia, que corriam por fora. O duelo contra o Flamengo era o último do Atlético naquela fase, enquanto os cariocas ainda enfrentariam ambas as equipes do país vizinho em compromissos seguintes.

Diante de exatos 72.763 pagantes, Rubro-Negro Carioca e Galo protagonizaram um embate eletrizante no Maracanã. Com boas chances de gols para ambos os lados e certa superioridade do Flamengo, a partida foi mais uma evidência do bom nível técnico de ambos os times.

Os mineiros abriram o placar com Palinha, após falha defensiva de Rondinelli, aos 17 minutos do segundo tempo. Mas os erros na defesa não estariam restritos somente ao Fla: com vacilos de João Leite e Osmar Guarnelli em lances praticamente seguidos, o Atlético cedeu a virada com “gols-relâmpago” de Nunes e Tita, aos 22 e aos 24 minutos, em ordem.

A grande estrela alvinegra, no entanto, ainda viria a brilhar. Aos 33 minutos, após jogada cerebral de Toninho Cerezo por dentro, Reinaldo foi acionado com liberdade na entrada da grande área e fuzilou as redes cariocas para selar a igualdade no placar: 2 a 2.

A edição do jornal Estado de Minas de 8 de agosto definiu o confronto como “dramático” e avaliou os gols do Flamengo como “falhas gritantes” de João Leite e Osmar. A crônica de Paulo Celso ainda destacou que o clube mineiro passava a torcer por um empate do Rubro-Negro Carioca em um dos dois compromissos restantes para forçar jogo-desempate na Libertadores.

Após superar o Cerro Porteño (4 a 2), o Fla empatou com o Olimpia (0 a 0) na última partida. A lembrança subsequente à visita ao Maracanã seria das piores da história para o Atlético, com derrota por WO diante do arquirrival em jogo-desempate. Naquela oportunidade, a atuação polêmica do ex-árbitro José Roberto Wright, que expulsou cinco atletas alvinegros no Serra Dourada, em Goiânia, acabou por definir a eliminação alvinegra na competição.

Mais de quatro décadas depois, o Galo voltará a disputar uma partida de Libertadores no Maracanã. O oponente da vez é o Fluminense, em jogo de ida das quartas de final do torneio continental. A bola rolará para o duelo às 19h desta quarta-feira (18/9).

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