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Mano Menezes explica por que Atlético dominou o jogo contra o Fluminense

Técnico do Fluminense, Mano exaltou atuação do Atlético e explicou porque o Galo teve domínio total do jogo de volta das quartas da Libertadores, na Arena MRV
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Técnico do Fluminense, Mano Menezes admitiu que o time carioca “nunca foi tão dominado” como foi dominado pelo Atlético nessa quarta-feira (25/9), em duelo na Arena MRV, pela volta das quartas de final da Copa Libertadores. Ao analisar o que deu errado para o tricolor, que venceu a ida por 1 a 0, no Maracanã, mas perdeu em Belo Horizonte por 2 a 0 e foi eliminado, o treinador deixou claro que o alvinegro ‘foi superior o tempo inteiro’ e explicou taticamente o porquê.

Em entrevista coletiva após o apito final, Mano disse que, por mérito do Galo, o Flu não conseguiu jogar da forma como se propôs: em transição, aproveitando os espaços que seriam deixados pelo time de Gabriel Milito, que precisava da vitória, para armar rápidos contra-ataques e surpreender a defesa alvinegra: “Não conseguimos reagir à pressão. Sempre estivemos muito distantes dos gols do Atlético. Não conseguimos trocar passes e isso fez o jogo ficar insustentável. O Atlético tem todos os méritos”.

O técnico, que fez questão de exaltar a atuação alvinegro a cada fala, assumiu a responsabilidade pelo mau desempenho do Fluminense, que, segundo ele, “não conseguiu ficar com a bola” e “precisou se sujeitar a defender o tempo inteiro”.

“É muito mais gostoso jogar com a bola, e o Atlético tem jogadores de qualidade que fazem isso muito bem. Nos submeteram a uma variação de jogadas que não conseguimos marcar. Depois, encaixamos um pouco melhor com mais um defensor mais por dentro, mas mesmo assim não tivemos volume”

Mano Menezes

Principal sacada de Milito

Para Mano, o domínio do Galo sobre o Fluminense pode ser explicado por um fator tático principal: a forma como o lateral-esquerdo Guilherme Arana jogou.

“O Atlético sempre quis empurrar o Arana na última linha tanto no jogo que jogamos aqui, tanto no jogo do Maracanã. Lá, não conseguiu fazer, porque nós fomos competentes e não deixamos. Se você olhar objetivamente no jogo, sobre quem foi marcada a penalidade máxima? Arias, dentro da área, marcando o Arana. Esse é o sinal do jogo”, disse o técnico.

“O Atlético fez bem, empurrou a gente para trás, e Arias teve que se tornar um marcador, o que é péssimo para nós, porque é sinal de que ele está jogando muito longe do lugar que nós precisamos e que é o melhor dele, que é perto do gol adversário. Aí está o mérito do Atlético de ter feito isso bem: obrigou a gente a se tornar um time muito defensivo, com linhas muito baixas. E explica o fato de não termos conseguido saída para a transição, para os contra-ataques, quase nunca”, continuou Mano.

“Acho que a escolha de Fuchs e mais dois centrais, hoje Lyanco e mais dois centrais já caracteriza a intenção de armar com a linha de três e empurrar Arana e baixar um pouco o Scarpa para ser um ala pelo lado direito. Senão não tem muito sentido você colocar esses três jogadores. Então, o Atlético sempre teve a intenção de fazer isso. É que, às vezes, você tem a intenção e não consegue. Hoje, teve a intenção e conseguiu fazer bem e nós não conseguimos neutralizar isso”, finalizou.

Atlético nas semifinais da Libertadores

Falta apenas uma etapa para que o Galo consiga chegar à sonhada final da Libertadores.

Nas semifinais, o Atlético enfrentará o River Plate, da Argentina. O jogo de ida do confronto deve ser na semana do dia 23 de outubro, na Arena MRV, enquanto o de volta deve ser na semana do dia 30 do mesmo mês, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, capital argentina.

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