O nome de Victor está marcado para sempre na história do Atlético. Debaixo da meta alvinegra, o ex-goleiro defendeu, o que é para muitos, o pênalti mais importante da história do clube e foi canonizado pela torcida atleticana. Fora das quatro linhas, o ídolo sonha em conquistar o bicampeonato, mas dessa vez como figura nos bastidores, no cargo de diretor de futebol.
É verdade que o time do Atlético em 2013 reuniu nomes que sempre serão lembrados no clube. Ronaldinho Gaúcho, Bernard, Leonardo Silva, Tardelli. Mas, ao falar do título da Libertadores é impossível não citar Victor como uma das principais peças. Por mais que a posição de goleiro seja muitas vezes ‘ingrata’, foi o que determinou que o o jogador entrasse para o hall de lendas.
Dia 30 de maio de 2013. Atlético e Tijuana pelas quartas de final da Libertadores. 1 a 1 no placar. Aos 47 minutos do segundo tempo, Riascos, atacante do Tijuana, entra na área, e o zagueiro Leo Silva o derruba. Pênalti. Silêncio no Independência. O grito de alívio do torcedor atleticano irrompeu o Horto quando Victor defendeu, com os pés, a cobrança que colocaria fim ao sonho do Galo.
O dia de “São Victor” virou história para qualquer atleticano – seja o que estava nas arquibancadas ou para aquele que torcia em casa, em frente à TV. A emoção da grande defesa fez do goleiro “santo” para os torcedores. Dali em diante, o roteiro para a conquista do título parecia perfeito.
Na grande final diante do Olímpia, já nas cobranças de pênalti, Victor defendeu o primeiro. O Atlético converteu quatro. No último para os paraguaios, o travessão se encarregou de espantar toda e qualquer dúvida: o Galo levantou a taça e se sagrou campeão do torneio continental pela primeira vez na história.
Diretor de futebol do Atlético
Se dentro dos gramados foi idolatrado e até mesmo canonizado pela torcida, fora dele Victor se aventurou ainda mais. Em fevereiro deste ano, depois de quatro anos aposentado, o goleiro histórico assumiu o cargo de diretor de futebol do clube. O ex-jogador chegou a função após a saída de Rodrigo Caetano.
Nos bastidores do Galo, Victor é um dirigente discreto. Não costuma se envolver em polêmicas e adotou um tom bastante pacífico e sério – não muito distante do jogador que foi ao longo da carreira.
Com a vasta experiência dentro de campo, Victor sabe conduzir o cenário fora dele. O memorável goleiro nunca escondeu a gana da equipe em busca da taça da Libertadores. Contudo, sempre manteve os pés nos chão nos discursos sobre a boa fase do time na competição. Até aqui, o Atlético acumula jogos, oito vitórias, dois empates e duas derrotas. Os números embalam para a grande decisão.
Esta temporada, Victor foi campeão Mineiro com o Atlético. No fim deste ano, 11 anos depois do título mais importante de sua carreira, ele tem a chance de ficar com mais um troféu relevante. Mesmo que, dessa vez, não possa ajudar com defesas incríveis.
Atlético na final da Libertadores
No sábado (30/11), a partir das 17h, o Galo medirá forças com o Botafogo no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, em busca do bicampeonato da Copa Libertadores.