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Atlético: Everson se emociona ao relembrar trajetória no futebol antes de final

Everson ascendeu da Série D à Série A antes de alcançar primeiras glórias no futebol; goleiro é ídolo do Atlético e sonha com Libertadores
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Ídolo do Atlético, o goleiro Everson não segurou a emoção ao relembrar a trajetória no futebol. Em entrevista ao canal oficial da Conmebol, o arqueiro de 34 anos contou sobre os primeiros passos no esporte e falou sobre a relação de idolatria com o pai.

Everson é goleiro do Atlético desde meados de 2020. Com a camisa preta e branca, conquistou quatro Campeonatos Mineiros (2021 a 2024), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022).

Antes das glórias como profissional, no entanto, o atleta precisou se superar no meio do futebol. Everson ascendeu da Série D à Série A do Campeonato Brasileiro em um intervalo de quatro anos, com destaque crescente abaixo das traves.

“Passa um filme desde Pindamonhangaba, com 10 anos, sonhando em ser jogador de futebol, sendo gandula do meu pai, passando por uma base de time grande. Depois, com 19 anos, já ser pai, saindo para jogar num clube de Série B. 10 anos atrás, eu estava num clube sem divisão. Passa todo esse filme, de 10 anos para cá, como profissional jogando como titular. Passa o filme de ter batido lá na última divisão e jogado essa escadinha, ter chegado no Galo”, disse o goleiro com olhos marejados.

“Depois de quatro anos de Galo, estar buscando esse título, um título que eu não tenho… Com certeza, passa um filme na cabeça, toda a história. Principalmente, desses 10 anos como goleiro titular, como atleta profissional, trazendo de 2014 para cá. Hoje, estar entre as duas melhores equipes do continente, da América do Sul, podendo disputar essa final. Me sinto muito orgulhoso dessa história, desse filme, dessa trajetória que construí até aqui”, acrescentou.

Everson tem pai como ídolo

Paulo Ferreira Pires inspirou as primeiras defesas de Everson no futebol. O pai do goleiro do Atlético atuava na posição na várzea no interior de São Paulo.

“Sempre costumo dizer que o meu maior ídolo no futebol é meu pai. Ele era goleiro e, quando eu tinha meus cinco, seis anos, no interior de São Paulo, meu pai jogava em um campo próximo à Dutra – rodovia que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Não tinha alambrado no gramado. Meu pai jogava no gol, e eu ficava de gandula para ele. Sempre quando o pessoal chutava a bola, eu entrava em um matagal que era até maior do que eu para catar a bola e entregar na mão dele para jogar”, relembrou.

“Todo intervalo, meu pai tirava a blusa dele – na época, os goleiros usavam blusa de manga cumprida ainda -, entregava para mim. Eu vestia ela, ficava muito grande. E meu pai começava a chutar bola de fora da área para que eu pudesse ficar pulando e defendendo. São as primeiras lembranças que eu tenho de querer ser goleiro: foi ver o meu pai jogando e fazendo gandula para ele na época que jogava nas empresas da minha cidade”, encerrou.

Após quatro anos no Atlético, Everson busca o título “que falta” com a camisa preta e branca. O goleiro será titular do Galo no duelo contra o Botafogo, pela final da Libertadores, a partir das 17h do sábado (30/11). A partida será disputada no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

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