
Tricampeão da Copa Libertadores da América, o Nacional, do Uruguai, está próximo de juntar dois estrangeiros com histórias consideráveis pelo Atlético, que ocupam posições de respeito na lista de maiores artilheiros nascidos em outro país na história do clube alvinegro.
O elenco do gigante sul-americano já conta com o meia-atacante venezuelano Rómulo Otero, que foi anunciado no fim do ano passado, após deixar o Santos, time pelo qual venceu a Série B do Campeonato Brasileiro.
Conhecido pelos potentes chutes de fora da área, pela ambidestria e por ser um exímio cobrador de faltas, Otero teve duas passagens pelo Galo. A primeira, na qual mais se destacou, foi entre 2016 e 2018; a segunda, entre 2019 e 2020, após retornar de empréstimo ao Al-Wehda, da Arábia Saudita.
O venezuelano, que era considerado “xodó” da torcida no início de sua trajetória com a camisa alvinegra, é o quarto maior artilheiro estrangeiro da história do clube, com 26 gols marcados em 125 partidas oficiais disputadas. Ele também distribuiu 14 assistências pelo time mineiro.
Otero deve ter parceiro com ampla história pelo Atlético
Ao que tudo indica, Otero terá outro jogador conhecido pela torcida do Atlético como parceiro no time tricampeão da Libertadores.
Na noite dessa terça-feira (21/1), diversos jornais uruguaios, como El Observador, El País e FútbolUy, noticiaram que o atacante chileno Eduardo Vargas chegará a Montevidéu, capital do Uruguai, nesta quarta-feira (22/1), para assinar com o Nacional.
Ídolo da Seleção do Chile, o jogador de 35 anos passou as cinco últimas temporadas com a camisa alvinegra, em passagem marcada por altos e baixos.
Por um lado, Vargas foi peça importante nos inesquecíveis títulos do Campeonato Brasileiro (2021), da Copa do Brasil (2021) e da Supercopa do Brasil (2022), além de ter sido tetracampeão mineiro (2021, 2022, 2023 e 2024); por outro, não apresentou tanta consistência ao longo desses anos, com períodos de performance abaixo do espertado, e era constantemente criticado pela torcida por “gols perdidos”.
Eduardo deixou o clube “em baixa” com a torcida. Apesar de, em 2024, ter tido o melhor ano da passagem pelo Atlético no quesito média de gols – foram nove gols em 38 jogos (nove como titular), média de um gol a cada 144 minutos, além de ter distribuído três assistências -, o chileno perdeu duas chances claras nos minutos finais da final da Libertadores, contra o Botafogo, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina, e desperdiçou a oportunidade de se tornar o herói de uma improvável virada alvinegra.
Quando Vargas perdeu os gols, o Galo perdia o jogo por 2 a 1 – o gol do time mineiro tinha sido marcado justamente pelo chileno, no início do segundo tempo, para diminuir a vantagem do Glorioso. A partida acabou terminando com vitória da equipe carioca por 3 a 1 – o atacante Júnior Santos, que viria a ser contratado pelo Atlético em janeiro deste ano, deu números finais ao duelo nos acréscimos.
Apesar dos altos e baixos, é inegável que Eduardo deixou o Atlético como um dos jogadores nascidos em outro país mais marcantes da história do clube. Primeiro e único chileno a vestir a camisa do alvinegra, ele marcou 33 gols em 167 partidas – além de ter dado 15 assistências -, número que o credencia como o terceiro colocado na lista de maiores artilheiros estrangeiros do Galo.
Os maiores artilheiros estrangeiros do Galo*
- 1º – Lucas Pratto (Argentina | 2015 – 2017): 42 gols em 107 jogos
- 2º – Cazares (Equador | 2016 – 2020): 41 gols em 205 jogos
- 3º – Vargas (Chile | 2020 – 2024): 33 gols em 167 jogos
- 4º – Otero (Venezuela | 2016 – 2018 | 2019 – 2020): 26 gols em 135 jogos
- 5º – Zaracho (Argentina | 2020 – 2024): 23 gols em 191 jogos
- 6º – Savarino (Venezuela | 2020 – 2022): 21 gols em 99 jogos
- 7º – Nacho Fernández (Argentina | 2021 – 2022): 19 gols em 109 jogos
- 8º – Dátolo (Argentina | 2013 – 2016): 18 gols em 127 jogos
- 9º – Chará (Colômbia | 2018 – 2019): 10 gols em 68 jogos
- 10º – Oliveira (Uruguai | 1983 – 1985): 8 gols em 72 jogos
*dados do Galo Digital