O Atlético perdeu a final da Libertadores, em 2024, para o Botafogo por 3 a 1. A derrota ainda ecoa em Hulk, atacante e ídolo do Galo. Segundo o atleta alvinegro, naquela partida, se sentiu dominado por uma “sensação de impotência”, especialmente pelas decisões de Gabriel Milito, técnico do clube na época.
“O Gregore foi expulso. O Alex estava do meu lado e falou: ‘agora, f…’. Sensação de impotência. É impossível. Esperava um comando lá de fora e não vinha nada”, revelou em entrevista ao Charla Podcast, nesse sexta-feira (4/4).
Hulk evitou questionar e frisou o respeito que mantém pelo ex-treinador do Atlético, mas apontou que Milito errou naquela final. “É um cara que tem máximo respeito, ótimo ser humano. Muito bom treinador, entende muito de bola. Apesar de jovem, entende muito. Mas pecou naquele momento da final”, destacou.
Em seguida, comparou a diferença de reação do time na final da Libertadores e na partida contra o Fluminense, na qual o mesmo elenco esteve em campo. “Se pegar o time que estava em campo, contra o Botafogo, era o mesmo time contra o Fluminense em casa. A gente atropelou o Fluminense, eles não aguentavam mais correr. Jogou o Scarpa na esquerda, eu na direita, e Paulinho e o Deyverson na frente.”
“Achei que ele iria fazer isso contra o Botafogo, porque ele abria dois pontos, bola do Scarpa ele cruza bem dali, no um contra um a gente iria bem. Tanto que no segundo tempo ele fez. O tanto de bola que a gente criou. Tem bola que cruzo pro Deyverson. O time criou pra caramba”, argumentou.
Milito x Cuca
Ainda sobre o assunto comando técnico, Hulk relembrou a diferença de mentalidade de Milito em duas decisões diferentes: na final da Libertadores, contra o Botafogo, e na decisão do Mineiro, contra o Cruzeiro, no ano passado.
“Claro que futebol não tem que ser injusto. Futebol, quando faz e dá certo, todo mundo. Como o Milito fez contra o Cruzeiro na final. A gente empata o jogo em casa. A gente toma um gol no Mineirão, ele faz uma mudança sem a gente entender, e a gente vira e faz três gols”, relembrou.
Na conclusão, comparou ao “jeito Cuca” de comandar o Galo, citando o clássico contra o Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro deste ano, e voltou a lembrar que Milito se omitiu na final da Libertadores de 2024, ao contrário de Arthur Jorge, treinador adversário.
“Agora, o Gabriel é expulso, Cuca muda na hora, Cuca é malandro, lê o jogo na hora, a gente controlou o jogo todo. Tem situação que vai mexer de imediato, não dá tempo do outro treinador pensar. Quando o Gregore é expulso, ele chama o Barbosa. Aquece. A gente não fez nada, ele (Artur Jorge) espera.”
Futuro como técnico?
Hulk como técnico? Ao menos a formação o ídolo do Atlético já tem. Ainda em entrevista ao Charla Podcast, o atacante revelou já ter o curso necessário para exercer a função. Também, afirmou receber apoio da esposa para assumir o cargo futuramente.
“Eu já tenho um curso de treinador. Gosto de ficar vendo, assistindo. Acho muito bacana treinadores que jogam de acordo com características que ele têm… não sei (se quer ser treinador). Minha esposa fala que tenho que ser treinador, que fico explicando. Às vezes, assistindo jogo, prefiro não assistir como treinador. Eu fico explicando as decisões”, comentou.
