Copa Libertadores

John Kennedy decide, Flu vence Boca no Maracanã e conquista Libertadores pela primeira vez

Atacante de 21 anos brilha na prorrogação, marca golaço e é expulso na comemoração; time xeneize perde chance de igualar recorde de títulos
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A América do Sul é branca, grená e cinza em 2023. Em final emocionante no Maracanã, o Fluminense venceu o Boca Juniors por 2 a 1 e conquistou a Copa Libertadores pela primeira vez na história. O herói do inédito título tricolor foi John Kennedy, autor do segundo gol na prorrogação da decisão deste sábado (4/11), no Rio de Janeiro.

Cano abriu o placar para o Fluminense aos 36 minutos do primeiro tempo. Aos 27′ da segunda etapa, Advíncula empatou para os argentinos. Aos 11’ da prorrogação, John Kennedy, que entrou no lugar de Ganso no decorrer da partida, marcou um golaço e garantiu o título do Flu. O atacante de 21 anos ainda foi expulso na comemoração do gol.

Diante de quase 70 mil torcedores, o clube das Laranjeiras apagou a frustração pelo vice-campeonato em 2008. Na ocasião, também no Maracanã, o Flu foi superado nos pênaltis pela LDU e teve o sonho continental adiado.

Já o Boca Juniors perdeu a oportunidade de conquistar o sétimo título da Copa Libertadores e igualar o recorde do Independiente. O clube de Buenos Aires não vence o torneio desde 2007, quando bateu o Grêmio com show de Riquelme. A última final disputada pelo xeneizes foi 2018 – perdeu para o rival River Plate, no Santiago Bernabéu, em Madri.

Jogadores do Fluminense erguem a taça Libertadores no Maracanã - (foto: Sílvio Ávila/AFP)
Jogadores do Fluminense erguem a taça Libertadores no Maracanã (foto: Sílvio Ávila/AFP)

O jogo: Cano e Advíncula deixam decisão empatada

O Fluminense fez o seu tradicional jogo de costura, buscando impor seu ritmo. Aos 35 minutos, Keno fez bonita tabela com Arias pela direita e cruzou rasteiro para Cano. Na marca do pênalti e de primeira, o centroavante argentino abriu o placar para o Flu: 1 a 0. Foi o 13º gol do artilheiro da Libertadores.

O Boca Juniors buscou equilibrar a partida no aspecto emocional, recorrendo a uma quantidade maior de faltas para irritar os jogadores do Fluminense sempre que o adversário recuperava a bola. Até então o time brasileiro vinha envolvendo a defesa argentina com boa troca de passes.

Mas a força ofensiva do Boca pela direita passou a preocupar. Em uma das investidas de Advíncula por aquele lado, o peruano recebeu de Medina, cortou para o meio e finalizou de esquerda no canto direito de Fábio para igualar o placar, aos 26 do segundo tempo: 1 a 1.

Cano final Libertadores - (foto: Mailson Santana/Fluminense FC)
Cano celebra o gol que abriu o placar para o Fluminense sobre o Boca Juniors, no Maracanã(foto: Mailson Santana/Fluminense FC)

A partir daí, os técnicos promoveram muitas substituições. Com fôlego novo, as equipes mantiveram a intensidade. John Kennedy e Lima entraram bem, colocando fogo no jogo, assim como Diogo Barbosa passou a dar segurança ao lado esquerdo da defesa tricolor. O nível de tensão aumentou na reta final, e Merentiel quase fez um golaço. Nos acréscimos, Diogo Barbosa desperdiçou uma chance incrível no último lance.

Prorrogação: brilha a estrela de John Kennedy

O Boca buscou administrar o jogo, trocando passes. Mas, aos oito minutos do primeiro tempo da prorrogação, Diogo Barbosa lançou Keno, que ajeitou de cabeça para John Kennedy desferir um chutaço e levar o Maracanã à loucura: 2 a 1.

Na comemoração, o atacante correu para a torcida, levou o segundo amarelo e foi expulso. David Braz entrou para fortalecer a zaga diante da vantagem numérica do rival até que Fabra deu tapa no rosto do Nino e recebeu vermelho após análise do VAR.

Na etapa final do tempo extra, o Boca foi para cima ao passo em que o Fluminense se plantou na defesa. Taborda arriscou de fora da área, obrigando Fábio a fazer grande defesa. Os argentinos cederam espaços, e após contra-ataque, Guga acertou a trave de Romero. Os minutos finais foram de tensão no Maracanã até o apito final que liberou o grito de “É campeão!” do torcedor do Fluminense.

John Kennedy comemora gol do titulo tricolor - (foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)
John Kennedy comemora gol do titulo tricolor(foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)

Boca Juniors 1 x 2 Fluminense

Boca Juniors: Sergio Romero; Advincula, Figal (Valdez, 7’/2ºTP) , Valentini e Fabra; Pol Fernández, Ezequiel Fernández (Saracchi, intervalo/P), Cristian Medina (Taborda, intervalo/P) e Valentín Barco (Langoni, 32’/2ºT); Merentiel e Cavani (Benedetto, 32’/2ºT). Técnico: Jorge Almirón.

Fluminense: Fábio; Samuel Xavier (Guga, 39’/2ºT), Nino, Felipe Melo (Marlon, 6’/2ºT) e Marcelo (Diogo Barbosa, 34’/2ºT); André, Martinelli (Lima, 34’/2ºT) e Ganso (John Kennedy, 34’/2ºT); Arias, Keno (David Braz, 11’/1ºT (P) e Cano. Técnico: Fernando Diniz.

Gols: Cano, 35’/1ºT; Advíncula, 26’/2ºT; John Kennedy, 8’/1ºTP
Cartões Amarelos: Figal, Cavani (BOC); Keno, Nino (FLU)
Cartões Vermelhos: Fabra, 20’/1ºTP (BOC); John Kennedy, 10’/1ºTP (FLU)

Motivo: final da Libertadores 2023
Data: 4/11/2023 (sábado)
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Wilmar Roldan (Fifa-COL)
Auxiliares: Alexander Guzman (Fifa-COL) e Dionísio Ruiz (Fifa-COL)
VAR: Juan Lara (Fifa-CHI)

Público: 69.232
Renda: R$ 31.702.250,00

*Com informações do Jogada 10



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