
O Brest tem uma difícil missão para seguir no mata-mata da Champions League. Porém, o momento não se compara ao que o clube viveu há 35 anos: decretou falência no início da década de 1990, jogou futebol amador até 2000 e teve que passar por uma reconstrução até chegar ao ápice, que é a ida à fase final da Liga dos Campeões.
O time francês perdeu para o rival Paris Saint-Germain por 3 a 0, no jogo de ida dos playoffs da Champions. A partida de volta será nesta quarta-feira (19/2), às 17h (de Brasília), na casa do PSG.
Será bem complicado, mas disputar o mata-mata já foi um grande feito para o Brest.
Falência e futebol amador
O Brest estreou na elite da França em 1979 e disputou a Primeira Divisão em nove oportunidades entre 1981 e 1991. Porém, no início da década de 1990, o clube foi forçado a decretar falência por inúmeros problemas financeiros.
Com isso, entre 1991 e 2000, o time despencou no cenário francês até disputar quatro temporadas no futebol amador. O retorno à Terceira Divisão – na época, era o primeiro escalão do profissional – ocorreu em 2000.
Foram três anos no terceiro degrau até ir para a Segunda Divisão, em 2004, com destaque de uma futura lenda do Bayern Munique. Franck Ribéry, com 21 anos na época, liderou o Brest para o retorno ao segundo nível das ligas da França.
Foram seis temporadas na Segunda Divisão até a volta à elite do futebol francês, em 2010, duas décadas após a falência.
O auge na Champions League
A consolidação na elite francesa deu ao Brest a chance de lutar por uma vaga em competições europeias. E a primeira oportunidade foi justamente na principal competição continental.
Com o terceiro lugar na Ligue 1 de 2023/24 – melhor colocação da história -, a equipe se classificou para a Liga dos Campeões e, pela primeira vez, saiu do país para disputar um jogo oficial.
E a campanha foi surpreendente para um estreante. O Brest venceu quatro jogos, empatou um e perdeu três, terminando a fase de liga da Champions na 18ª colocação, com vaga nos playoffs.
No sorteio dessa repescagem, a equipe francesa poderia até enfrentar o Benfica, mas o PSG foi indicado para protagonizar o auge da história do Brest, 25 anos após deixar o futebol amador.