
Mesmo com um jogador a menos desde o sexto minuto do primeiro tempo, o Real Madrid derrotou o Pachuca, do México, por 3 a 1, neste domingo (22), na Copa do Mundo de Clubes. Foi conturbado o término da partida no Bank of America Stadium, em Charlotte, com acusação de injúria racial.
O jogo foi marcado pela execução do protocolo antirracismo estabelecido pela Fifa (Federação Internacional de Futebol). Já nos acréscimos do segundo tempo, o árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel cruzou os braços em “X”, o que é chamado pela Fifa de “no racism gesture”.
Isso ocorreu após uma discussão entre o zagueiro alemão Antonio Rüdiger, do Real Madrid, e o zagueiro argentino Gustavo Cabral, do Pachuca. Rüdiger estava transtornado, dizendo ter sido ofendido pelo adversário.
Após alguns instantes, Ramon Abatti Abel decidiu dar prosseguimento à partida, que já estava em seus instantes derradeiros. A bola rolou por apenas mais alguns segundos, com a confirmação do triunfo do Real Madrid.
Protocolo em caso de racismo
1) Passo 1 – parar o jogo
Árbitro: flagra ou é avisado sobre algum ato racista. Ele faz o chamado “No Racism Gesture” (gesto contra racismo, em inglês), com os braços cruzados, e decide se para ou não a partida.
Jogador: o alvo do ato racista também pode fazer o gesto para denunciar para o árbitro, para o capitão ou para algum representante do time. O árbitro decide se para ou não a partida.
Representante do torneio: ao flagrar ou ser avisado de algum caso, precisa informar ao árbitro.
2) Passo 2 – suspender a partida
Se o incidente não cessa após o reinício da partida, o árbitro suspende temporariamente a partida e instrui ambas as equipes a retornarem aos vestiários.
Um anúncio é feito no local para informar a todos sobre o motivo da interrupção.
3) Passo 3 – cancelar a partida
Se o incidente não cessa após o reinício do jogo, o árbitro deve cancelar a partida.
Isso só acontece após consulta às autoridades e aos especialistas –e somente quando é seguro interromper a partida.