Circula na internet a informação de que a Fifa estuda alterar a regra do impedimento. Uma publicação atribuída ao canal argentino DirecTV Sports cita que os testes seriam feitos inicialmente em competições na Suécia e na Itália.
A entidade estaria disposta a acabar com impedimentos em que um atacante está com um ombro ou um joelho à frente do penúltimo defensor. A infração só seria assinalada caso o jogador se encontre 100% do corpo à frente da linha do adversário.
Afinal, essa notícia é verdadeira ou falsa?
É boato
Segundo o jornalista Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN, trata-se de boato. “Não há nenhuma mudança na regra do impedimento prevista, nem mesmo como fase de testes”, escreveu, em seu Twitter, no sábado (1/7).
Nesta segunda-feira (3/7), Bertozzi voltou a debater o tema. “Ajude o amiguinho que está espalhando fake news: a ‘Lei Wenger’ do impedimento não está no horizonte nesta temporada e nem estará a curto prazo. Não compartilhe notícia não apurada e sem fonte”.
Ajude o amiguinho que está espalhando fake news: a "Lei Wenger" do impedimento não está no horizonte nesta temporada e nem estará a curto prazo. Não compartilhe notícia não apurada e sem fonte https://t.co/jn1c9J9rdv
— Leonardo Bertozzi (@lbertozzi) July 3, 2023
‘Lei Wenger’
A “Lei Wenger” tem o nome alusivo ao ex-técnico Arsène Wenger, diretor de desenvolvimento da Fifa.
O histórico comandante do Arsenal, da Inglaterra, sugeriu ainda em 2020 acabar com impedimentos milimétricos em que algumas partes do corpo dos atacantes estejam à frente do penúltimo defensor. A ideia, contudo, não seguiu adiante.
O que a IFAB mudou no impedimento?
Em julho de 2022, a International Football Association Board (IFAB), que regulamenta as regras do futebol, flexibilizou o impedimento em lances de “desvio” de defensores.
O órgão especificou situações classificadas como “atitude deliberada” desses jogadores – isto é, realizadas de forma intencional – para atestar ou não a posição irregular do atacante.
- A bola viajou de longe e o jogador teve uma visão clara dela;
- A bola não estava se movendo rapidamente;
- A direção da bola não foi inesperada;
- O jogador teve tempo para coordenar o movimento do corpo, ou seja, não foi um caso de alongamento ou salto instintivo, ou um movimento que alcançou contato/controle limitado;
- Uma bola em movimento no chão é mais fácil de jogar do que uma bola no ar;
Todavia, o VAR continua a marcar infrações milimétricas, muito questionadas principalmente por torcedores de quem faz o gol.
Assim, se o centroavante do seu time estiver com a perna à frente do zagueiro, não pense em comemorar, pois o auxiliar vai levantar a bandeira!