CRIME

Bruno ganha indenização por livro sobre morte de Eliza Samudio

Goleiro Bruno, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio, cumpre pena em regime aberto; ele ganhou indenização na Justiça
Foto do autor
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O goleiro Bruno, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio (ex-amante e mãe do filho do jogador), obteve uma vitória na Justiça. Ele receberá indenização da editora que publicou livro sobre a execução da modelo, em julho de 2010. Bruno Fernandes de Souza cumpre pena em regime aberto e está no Esporte Clube Palmeira, time amador da cidade de Magé, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Na ação, Bruno pedia R$ 1 milhão por dano moral e uso indevido de imagem por ter uma foto dele na capa de “Indefensável – O goleiro Bruno e a história da morte de Eliza Samudio”. O livro, publicado pela Editora Record, teve sua primeira edição em 2014.

O ex-goleiro de Atlético e Flamengo também pedia 30% dos lucros da venda e a suspensão imediata da comercialização da obra.

A editora argumentou que os direitos pela imagem foram adquiridos junto ao fotógrafo Alexsandro Ligorio, que foi quem fez o registro do goleiro.

Decisão da Justiça

O juiz da 31ª Vara Cível do Rio de Janeiro, Luiz Claudio Silva Jardim Marinho, arbitrou valor de R$ 30 mil para Bruno pela exposição da imagem sem o consentimento dele. Mas julgou improcedente o pedido de participação no valor apurado com a venda, assim como a interrupção das vendas.

“O envolvimento do autor e sua condenação pelo crime de homicídio de Eliza Samudio são fatos públicos e notórios, amplamente noticiados na mídia nacional, o que claramente desvincula a alavancagem de vendas à mera exposição de sua imagem na capa do livro”

sentença do juiz

“O pedido de arbitramento de indenização de 30% do montante bruto decorrente da venda dos exemplares e de direitos à Rede Globo não merece prosperar, eis que a mera veiculação da imagem do autor na capa do livro não implica, por si só, estabelecer o direito de remuneração pelo eventual sucesso de vendas dos exemplares”, determinou.

A TV Globo, que adquiriu os direitos da história, planejava a produção de uma série documental, mas o projeto não foi adiante.

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