Em 2003, Cristiano Ronaldo reconheceu o português Fábio Miguel Malheiro Paím como um dos maiores valores do futebol. “Você acha que sou bom? Então espere até ver o Fábio Paím”, disse CR7. O tempo, contudo, não foi generoso com Paím, que está preso.
Paím chegou a ser chamado de “novo Ronaldinho Gaúcho” por alguns veículos de comunicação. “Quando joguei, se tivesse o mesmo esforço e empenho do Cristiano Ronaldo, seria melhor que ele. Se falar de técnica, fui melhor. Eu era um pequeno Ronaldinho”, disse o ex-jogador ao jornal “The Sun”.
Carreira
Paím nasceu em Estoril, em Portugal, no dia 15 de fevereiro de 1988, e se converteu numa grande promessa do futebol local. Ele estreou no profissional aos 16 anos, com salário de 20 mil euros por mês.
Ele chegou a ser emprestado a outros clubes pequenos de Portugal para ganhar rodagem. Em 2008, foi contratado pelo Chelsea, com vencimentos de 57 mil euros. Nunca fez um jogo pela equipe profissional do gigante inglês.
A verdade é que Paím nunca conseguiu se firmar. Chegou a rodar o mundo – Angola, Catar, China, Malta, Lituania, Luxemburgo, Polônia e Brasil – atuando por clubes de pouca relevância.
Prisão
Em 2019, foi preso pela polícia de Portugal com porte ilegal de 5 gramas de cocaína. “A prisão onde estive fica ao lado do campo onde joga a Seleção Portuguesa, por isso pude vê-los treinar todos os dias. Eu estava lá por um motivo e nunca pensei: ‘Ah, o Cristiano está aí’. Eu também deveria estar”, disse ao “The Sun”.
“A prisão foi muito dura e difícil para mim e minha família”, acrescentou.
Paím admitiu os erros – além do vício em drogas, foi acusado de violação sexual na Alemanha. “Não quero que ninguém sinta pena de mim. Foi minha escolha, foi meu erro”.
O ex-jogador reconhece que sua cabeça estava focada em mulheres e festas, não no futebol.
“Infelizmente para mim, nasci com talento. Como ganhava muito dinheiro, tive a ilusão de que não precisava de esforço. O talento estava lá, mas minha mente não estava. Minha cabeça estava focada em mulheres e festas, em todos os lugares, exceto no futebol”, explicou.