Igor Siqueira
A cena de Neymar no chão chorando por causa de uma lesão voltou ao roteiro do camisa 10 da Seleção Brasileira. É a repetição de um incômodo histórico de lesões (não só) com a amarelinha e um risco para o protagonismo de Neymar no Brasil do técnico Fernando Diniz.
Levantar-se de mais um problema médico virou um desafio recorrente para Neymar. Além do que sofreu pelo PSG, ele tem enredos problemáticos com lesões na seleção.
Na Copa 2014, por exemplo, chegou a temer um problema mais grave para o resto da vida após levar uma joelhada na coluna. Ficou fora durante as quartas de final e viu o 7 a 1 a distância.
Em 2019, quando já tinha vivido problemas no tornozelo direito, se machucou no amistoso contra o Catar, às vésperas da Copa América. Ali, ficou fora da competição e não levantou o troféu com os comandados de Tite.
Na Copa 2022, mais um problema de lesão: um carrinho logo na estreia, contra a Sérvia, gerou um problema no ligamento do tornozelo direito. O pé inchou e ele perdeu a primeira fase do Mundial. Foi uma correria para se recuperar e voltar nas oitavas. A campanha terminou com um trauma nas quartas de final que o fez cogitar não voltar à Seleção. O retorno foi com Diniz, que não economizou elogios, mas pode ficar sem Neymar por um motivo indesejado.
Neymar como centro do projeto de Fernando Diniz
Ficar sem Neymar é tudo o que Diniz não queria quando topou assumir de forma transitória a Seleção. O técnico sempre deixou claro que tinha o camisa 10 no centro do projeto, classificando Neymar como uma “aberração” do bem.
A participação do camisa 10 sob o comando de Fernando Diniz tem dois gols contra a Bolívia e as assistências nos escanteios contra Peru e Venezuela. Quando Neymar saiu de campo diante do Uruguai, o Brasil já perdia por 1 a 0. E não se reergueu – acabou derrotado por 2 a 0.