FUTEBOL NACIONAL

Fifa e Conmebol podem intervir na CBF após queda de presidente

Entenda porque as entidades internacionais analisam queda de Ednaldo Rodrigues e avaliam interferência na situação
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Por Igor Siqueira e Rodrigo Mattos – A Fifa e a Conmebol analisam de perto a forma como foi determinada a destituição do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, feita por meio de decisão judicial. Não está descartada uma intervenção das entidades se for considerado que o procedimento para sua saída não ocorreu dentro das regras das entidades. A participação do Fluminense no Mundial de clubes, no entanto, está garantida.

Nesta quinta-feira (7/12), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou as duas assembleias que elegeram Ednaldo. Com isso, determinaram que um interventor, José Perdiz (do STJD), assumisse a entidade para nomear eleições em 30 dias.

Entenda porque Fifa e Conmebol podem intervir na CBF

Os regulamentos da Fifa e da Conmebol dizem que não pode haver interferência de terceiros na gestão das federações nacionais. Isso está determinado nos artigos 14 e 19 da federação internacional. Por esses artigos, os dirigentes têm quer eleitos para seus cargos.

Nesta quinta-feira, antes da decisão judicial que derrubou Ednaldo, a Fifa e a Conmebol enviaram cartas à CBF ressaltando a existência dos artigos. O documento da confederação sul-americana foi uma resposta à própria entidade. Mencionaram possíveis sanções.

Após a decisão, a Fifa e a Conmebol passaram a analisar a medida concreta da Justiça. Três fontes das entidades confirmaram a informação ao UOL.

A ideia é verificar se a destituição feriu os regulamentos. Se isso for constatado, não se descarta uma intervenção na CBF. Isso poderia afetar a participação do Brasil em eliminatórias da Copa e de times em competições internacionais.

Mas não há risco nenhum para o Fluminense que vai participar do Mundial de clubes da Fifa. Isso foi ressaltado por uma das fontes ouvidas pela reportagem.

Ednaldo é aliado do presidente da Fifa, Giani Infantino. E, na CBF, conta-se com o apoio da entidade na disputa em curso pelo poder da entidade.

Agora, na prática, a Fifa nunca puniu a confederação brasileira até hoje por disputas internas na Justiça por poder. Em sua decisão, o Tribunal de Justiça quis passar a imagem de que não era uma intervenção externa pois Perdiz é do meio esportivo.

Fifa e Conmebol mandaram cartas em que afirmavam que, se não fossem cumpridos os regulamentos das entidades, a CBF estaria submetida às consequências previstas nos regulamentos.

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