FUTEBOL NACIONAL

Presidente da CBF é deposto pela Justiça, que define substituto

Entenda porque o dirigente foi retirado do mais alto cargo do futebol brasileiro e veja quem será o substituto dele pelos próximos 30 dias
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Ednaldo Rodrigues foi deposto do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pela Justiça, nesta quinta-feira (7/12).

Os responsáveis pela decisão foram os desembargadores da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que já determinaram qual será o substituto provisório do ex-dirigente.

A decisão foi unânime. A CBF vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, segundo informações do jornal O Globo.

Quem vai substituir Ednaldo?

Presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, José Perdiz assume a CBF por um mês.

Ele será responsável por convocar e conduzir nova eleição na entidade.

Entenda porque Ednaldo foi deposto

O Ministério Público do Rio de Janeiro moveu, ação contra a CBF em 2018, sob o argumento de que o estatuto da condeferação não estava de acordo com a Lei Pelé, pois não previa peso igualitário entre federações e clubes.

Durante o processo, contudo, houve mudança no comando da entidade: Rogério Caboclo foi afastado da presidência após denúncias de assédio sexual. Quem assumiu interinamente foi Ednaldo Rodrigues, que era o vice.

Após assumir, Ednaldo negociou Termo de Acordo de Conduta (TAC) com o Ministério Público, anulou a eleição de Caboclo e convocou outra – vencida por ele mesmo.

Contudo, os outros vices se incomodaram – alegaram que não foram perguntados sobre o acordo e que o desdobramento os prejudicou, já que eles também foram retirados dos cargos que ocupavam. Eles também argumentaram que o juízo de 1º grau não poderia homologar o acordo que foi feito entre MP e CBF.

Os desembargadores da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro consideraram de forma unânime que o acordo entre as duas entidades não era legítima, pois o MP , órgão público, não poderia interferir em questões internas da uma organização privada como a CBF. Assim, tomaram a decisão de depor Ednaldo e determinar a convocação de novas eleições.

A CBF considera ter sido vítima de golpe estruturado pelos ex-presidentes Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, que lideram a oposição a Ednaldo e ainda têm grande influência na entidade.

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