O jornalista Arnaldo Ribeiro disparou contra o empresário Eduardo Uram, um dos donos do Tombense e agente de uma série de jogadores de futebol.
No Twitter, o comentarista do Uol, da TV Cultura e do Bandsports criticou veementemente entrevistas recentes de Uram sobre o ‘caso Caio Paulista’.
“Eduardo Uram tem clube de futebol no Brasil? Tem! Tombense – rebaixado para a Série C. Pode ter? Não pode… aí fica dando entrevista posando de arauto do ‘negócio’. Sério… Cada figura nesse meio. 🤮 leva o jogador para o time que ele quiser e fica quieto. Melhor assim, né?”, escreveu o ex-ESPN e SporTV.
“Eduardo Uram não pode usar ‘clube fantasia’ (Tombense) para ter 50% de jogador. Mas usa. Eduardo Uram não pode ter jogador. Mas tem. Enquanto a legislação faz vista grossa, fica quieto e toca o negócio. Dar entrevista falando sobre o tema é um pouco demais… só um pouquinho”, completou.
Segundo o Regulamento Nacional de Intermediários da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), um empresário de jogador “não pode exercer cargo em liga, clube, federação, confederação, associação, FIFA etc.”
O ‘caso Caio Paulista’
Ao longo dos últimos dias, o lateral-esquerdo do São Paulo estampou os noticiários esportivos pela iminente transferência ao Palmeiras.
O jogador de 25 anos pertence ao Fluminense, mas passou a temporada 2023 emprestado ao Tricolor Paulista. Por contrato, o clube do Morumbi tinha a opção de compra fixada em 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 18,6 milhões).
A diretoria do São Paulo anunciou publicamente que exerceria o direito de compra. No entanto, tentava negociar com o Fluminense o parcelamento e outras condições para o pagamento.
Nesse intervalo, apareceu o Palmeiras. O clube alviverde demonstrou interesse no titular do time rival, avançou no negócio e deve formalizar a contratação depois de 31 de dezembro, quando acaba o empréstimo de Caio Paulista ao São Paulo.
Nos últimos dias, Uram – empresário do lateral e dono de 50% do Tombense, time mineiro que disputa a Série C – deu entrevistas em que se posiciona sobre o imbróglio.
Uram negou que ele e Caio Paulista tenham sido desleais com o São Paulo. De acordo com o agente, o clube paulista demorou nas negociações.
“Desde julho já havia sido viabilizado junto ao Fluminense um modelo de pagamento que atendia ao que o São Paulo desejava. Mas o São Paulo nunca progrediu, nunca confirmou que faria do jeito que havia sido renegociado com o Fluminense. A nossa sensação era que o São Paulo não queria comprar o Caio Paulista”, disse, em entrevista ao jornalista Venê Casagrande.
“Então, com essa incerteza, Caio nos pediu para escutar o mercado. O próprio São Paulo reconhece que conduziu a negociação de forma extremamente dura, mas acredito que visualizaram o tema como se fosse um jogador que não teria outra opção”, completou.