JOGO DAS ESTRELAS

Jogo das Estrelas tem resenha, golaços e brilho de Zico no Maracanã

Jogo das estrelas, evento beneficente promovido por Zico, no Maracanã, nesta quarta-feira (27/12), terminou com 14 gols, show de talentos e clima de festa

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Jogo das Estrelas organizado por Zico reuniu jogadores e ex-jogadores de futebol nesta quarta-feira (27/12), no Maracanã. Evento beneficente contou com homenagens, público grandioso, chuva de gols, dribles e, evidentemente, clima de festa. Ao fim da partida, o time vermelhou, de Galinho, goleou por 10 a 4 a equipe branca.

A 19ª edição do Jogo das Estrelas cumpriu o prometido. A partida entre estrelas do futebol arrecadou fundos para beneficiar instituições sociais e, dentro de campo, promoveu espetáculo.

O time vermelho levou a melhor e venceu por 10 a 4. Petkovic, ídolo do Flamengo, se destacou na equipe. No intervalo, reafirmou o ambiente amigável: “Algum jogo que não tem briga fora dos estádios. As famílias podem vir”. De fato, foram. Ao todo, 51.477 pessoas prestigiaram o confronto.

Pelo time branco, Palermo foi o nome principal. O argentino marcou três gols no templo do futebol ainda na primeira parcial. Posteriormente, foi substituído.

Homenagens

Antes do pontapé inicial, Pelé e Roberto Dinamite foram homenageados. Zico presenteou Gabriel, neto do maior jogador da história do Santos, com camiseta.

Ainda, o telão do Maracanã exibiu vídeo com lembranças de Pelé e Dinamite. O ex-jogador do Peixe morreu em 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos. Ele tratava câncer de cólon. O maior ídolo do Vasco morreu em 8 de janeiro de 2023, aos 68 anos. O ex-atacante foi vítima de tumor no intestino.

Cruzeiro x Atlético no Jogo das Estrelas

Torcedores de Cruzeiro e Atlético puderam relembrar, de certa forma, os velhos tempos. Jogadores com passagens por Minas Gerais pisaram no Maracanã e disputaram o Jogo das Estrelas.

Os laterais Sorín, Gilberto e Athirson, o meia Alex, os atacantes Renato Gaúcho e Alex Dias e o goleiro Gabriel já defenderam a Raposa.

O meio-campista Petkovic e os atacantes Renato Gaúcho e Éder Aleixo vestiram a camisa do Galo ao longo das respectivas carreiras.

O jogo

Raphael Claus apitou o confronto no primeiro tempo. Pouco depois do início da partida, o argentino Palermo perdeu a primeira grande oportunidade. Ele recebeu cruzamento rasteiro do conterrâneo Sorín, mas não conseguiu finalizar. Na segunda chance, converteu. Athirson deu o passe e, de primeira, o camisa 9 abriu o placar para a equipe branca.

Não deu tempo de comemorar. Adriano aproveitou o gol aberto, empurrou a bola para o fundo da meta e empatou para o time vermelho aos 10 minutos. O gol do Imperador levantou a torcida presente no Maracanã, composta majoritariamente por flamenguistas que lembram com carinho do ex-atacante.

Em seguida, não faltaram oportunidades para os números do marcador aumentarem. Passes de Zico, Alex e Claudinho orquestraram as possibilidades da equipe vermelha. Do outro lado, trocas entre Arthilio, Sorín e Renato Gaúcho movimentaram a área adversária.

O atual técnico do Grêmio, inclusive, se destacou de forma curiosa. Bastava encostar na bola para fazer o Maracanã vaiar. Renato Gaúcho é considerado algoz do Flamengo quando vestia a camisa do Fluminense. Na carreira como treinador, também é pedra no sapato do Rubro-Negro.

A virada do time vermelho saiu aos 19 minutos. Do pé direito do dono da festa. Zico converteu cobrança de pênalti. Se o Imperador havia levantado o Maracanã, o Galinho explodiu o estádio. Ídolo do Flamengo, o ex-meio-campista é o maior artilheiro da história do clube e do templo do futebol.

Em seguida, aos 27 minutos, Petkovic, também ex-Flamengo, ampliou na base da categoria. Para frear o empenho da equipe vermelha, Palermo marcou o segundo aos 34 minutos. Pouco mais de oito minutos depois, o argentino balançou a rede pela terceira vez.

O sérvio não quis saber. Encerrou a chuva de gols do primeiro tempo com chute colocado à esquerda do goleiro Gabriel. Sem demonstrar esforço, marcou o quarto do time vermelho aos 44 minutos.

Virou passeio

O talento não é restrito aos titulares. Para o segundo tempo, o banco de reservas, também recheado de estrelas, foi acionado em ambas as equipes. As mudanças foram efetivas para o time de Zico, que soltou o freio de mão e goleou.

Diretamente da cadeira, Juan ampliou o placar para a equipe vermelha aos três do segundo tempo após receber passe do líder da festa. Três minutos mais tarde, Alex se consagrou e marcou golaço de cobertura. A equipe branca mal respirou. Num piscar de olhos, levou o sétimo gol. Dessa vez, Sávio recebeu passe rasteiro em profundidade e aumentou a vantagem aos 12 minutos do segundo tempo.

Com dores no joelho esquerdo, aos 70 anos, Zico levantou a torcida mais uma vez. Com a perna direita, o camisa 10 deixou o goleiro adversário no chão e marcou o segundo aos 23 da etapa final. Sem condições de jogo, pediu para sair logo em seguida. No momento da substituição, a torcida o reverenciou e gritou “O Zico é nosso rei”.

Matheus Gonçalves, que havia dado assistência para o Galinho, deixou o dele. Cria da base do Flamengo, dominou com calma e tirou zagueiro e goleiro aos 35 do segundo tempo.

Como em toda a partida, lances bonitos e oportunidades de gols foram criadas – muitas não aproveitadas.

Para encerrar os lances perdidos, Davidson, do Wuhan Three Towns, da China, estreou no Maracanã com maestria. Aos 43 minutos, marcou o único gol da equipe branca na segunda etapa. Em menos de dois minutos, a diferença no placar voltou: Felipe, neto de Zico, balançou a rede no último minuto.

Marcelo de Lima Henrique, árbitro da segunda etapa, apitou o fim da partida assim que o cronômetro chegou aos 45 minutos.

Brasil x Argentina: resenha no Jogo das Estrelas

Com brasileiros e argentinos escalados no Jogo das Estrelas, o desfecho foi a resenha. Antes do início do segundo tempo, D’Alessandro e Sorín ‘cobraram’ Adriano e Grafite pela final da Copa América em 2004. Entre os quatro, apenas o comentarista do SporTV não estava em campo.

“Que Copa América ele nos tirou. Lembra? Últimos segundos, cara” brincou D’Alessandro com Adriano. Grafite completou: “Só amassou aqui, de esquerdinha”.

Naquele ano, Adriano fez o gol que levou a partida entre Brasil e Argentina para os pênaltis. Até os 48 minutos do segundo tempo, o título pertencia aos hermanos. No entanto, eles não contavam que o Imperador tiraria um foguete da cartola e empataria a partida por 2 a 2. Na penalidades, o goleiro Júlio Cesar cresceu, e a Seleção Brasileira triunfou por 4 a 2.

Jogo das Estrelas

Time vermelho

Titulares: Marcos Felipe, Gilberto, Angelim, Mozer, Júnior, Leonardo, Petkovic, Claudinho, Adriano, Zico e Alex.
Reservas: Alcindo, Juan, Matheus Gonçalves, Jonatas, Thiago Coimbra, Mancuso, Sávio, Wendel, Amoroso e Felipe.

Time branco

Titulares: Gabriel, Athirson, Geromel, Aldair, Amaral, Sorín, Renato Gaúcho, Djalminha, Palermo, Dalessandro, Éder.
Reservas: Carlos Germano, Milton Cruz, Fernando, Zé Roberto, Andrade, Adílio, Grafite, Paulinho, Davidson, Alex Dias, Valber e Sander.

Motivo: Jogo das Estrelas
Data: 27 de dezembro de 2023
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro

Gols: Palermo (9′ do 1ºT, 34′ do 1ºT e 42′ do 1ºT), Adriano Imperador (10′ do 1ºT), Zico (19′ do 1ºT e 23′ do 2º T), Petkovic (27′ do 1ºT, 44′ do 1ºT), Juan (3′ do 2ºT), Alex (6′ do 2º T), Sávio (12′ do 2º T), Matheus Gonçalves (35′ do 2º T), Davison (43 do 2ºT), Felipe (45′ do 2º T).

Árbitros: Raphael Claus (1º T) e Marcelo de Lima Henrique (2º T)

Público: 51.577

*A repórter Izabela Costa viajou a convite do Bradesco Seguros

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