FUTEBOL INTERNACIONAL

Treinador admite que pagou valor milionário para assumir seleção

Li Tie admitiu também ter participado de esquemas de manipulação de resultado quando comandava a Seleção Chinesa

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Em prisão provisória por corrupção, o ex-técnico Li Tie assumiu ter pagado quase 400 mil euros (R$ 2,1 milhões) para assumir o comando da Seleção da China. Ele comandou o esquadrão chinês entre 2020 e 2021.

Em depoimento à televisão pública CCTV nessa terça-feira (9/1), Li Tie afirmou que participou também de esquemas de manipulação de resultado: “Estou muito arrependido. Devia ter mantido a cabeça baixa e seguido o caminho certo. Há certas coisas que, à época, eram comuns no futebol.”

Quando foi nomeado para suceder o italiano Marcello Lippi como técnico da seleção chinesa, o ex-jogador do Everton (ING) declarou que estava realizando “um dos maiores sonhos” de sua vida.

No depoimento à TV, ele afirmou que, para realizar o sonho, teve que pedir ao clube que treinava na época, o Wuhan Zall, para interceder a seu favor na Federação Chinesa de Futebol (CFA), prometendo uma retribuição futura.

De acordo com Li Tie, o clube pagou dois milhões de yuanes (R$ 1,3 milhão na cotação atual) em subornos a Chen Xuyuan, então presidente da CFA. Ele afirmou também ter dado, do seu próprio bolso, um milhão de yuan (R$ 670 mil) ao secretário-geral da CFA.

Pouco depois da nomeação, o treinador convocou quatro jogadores do Wuhan Zall , que, segundo o presidente do clube, “não tinham o nível necessário para serem chamados”.

Li Tie não conseguiu qualificar a China para o Campeonato do Mundo de 2022 no Qatar e foi demitido em dezembro de 2021.

Manipulação e investigação

O treinador ainda admitiu ter recebido quantias significativas de dinheiro de pessoas do futebol para interceder em favor de seus interesses.

A agência anticorrupção da China lançou uma investigação contra Li no final de 2022, que atingiu cerca de 10 responsáveis da CFA, incluindo o antigo presidente Chen Xuyuan.

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