SUPERCOPA REI

Palmeiras x São Paulo pela Supercopa: como foi o clássico com Mineirão dividido

Clássico paulista, que decidiu o torneio nacional, foi disputado pela primeira vez na história no Gigante da Pampulha
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Com a presença das duas torcidas nas arquibancadas do Mineirão, Palmeiras e São Paulo protagonizaram a decisão da Supercopa Rei neste domingo (4/2). Dentro de campo, o Tricolor venceu o rival por 4 a 2 nos pênaltis, após empate sem gols no tempo regulamentar, e foi o campeão. Já os torcedores fizeram a sua parte e curtiram o jogo de forma harmoniosa. 

A escolha por Belo Horizonte como sede da partida se deu justamente pela possibilidade de contar com as torcidas das duas equipes. Em São Paulo, casa dos clubes, os clássicos são disputados com torcida única. Por isso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recorreu ao Gigante da Pampulha para que o duelo contasse com apoiadores palmeirenses e são-paulinos. 

Porém, o fim de semana de Supercopa começou com algo negativo entre as torcidas. Na noite de sábado (3/2), são-paulinos quebraram a vidraça do ônibus que transportava a delegação do Palmeiras, na Savassi, na região Centro-Sul de BH. O responsável por jogar a garrafa no ônibus do Palmeiras foi identificado e preso pela Polícia Militar no próprio local da confusão.

Em contrapartida a esse ato na véspera da partida, o clima de paz tomou conta do entorno e das arquibancadas do Mineirão. Foi quase uma “resposta” ao clássico com torcida única que foi realizado na mesma cidade, no sábado (3/2) – o Cruzeiro venceu Atlético por 2 a 0 na Arena MRV, pelo Campeonato Mineiro, com apenas atleticanos no estádio.

Antes de a bola rolar, as torcidas respeitaram as normas de segurança impostas e já se posicionaram em lados opostos nas ruas próximas ao Gigante da Pampulha. A torcida palmeirense entrou no estádio em maior número mais cedo, enquanto os são-paulinos, até por causa de um atraso na caravana de uma das principais organizadas, a Independente, demorou um pouco mais a preencher o seu lado do estádio.

Prestes a começar o jogo, as torcidas pulsaram nas arquibancadas, com provocações rotineiras e comuns no futebol, e mostraram que um clássico pode ser praticado com duas torcidas. Palmeirenses e são-paulinos conseguiram curtir e rivalizar um clássico em paz e com direito a um bom jogo de futebol.

Oportunidade rara

Para receber a Supercopa Rei, o Mineirão foi dividido da seguinte forma: setor laranja para a torcida do Palmeiras e amarelo para os são-paulinos. Já os setores roxo e vermelho foram divididos meio a meio, com seguranças, tapumes e um espaço livre entre os apoiadores. 

Embora separados nas arquibancadas, torcedores adversários aproveitaram a oportunidade de assistir a um clássico importante com a presença dos dois lados no estádio

O palmeirense Bruno e o são-paulino Lucas deixaram a capital paulista, rumaram a Belo Horizonte – também com o desejo de conhecer a cidade – e curtiram a oportunidade rara de acompanhar um Choque-Rei com as torcidas dos dois clubes.

Bruno e Lucas, amigos em São Paulo e Palmeiras - (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press.)
Amigos viajaram de São Paulo para Belo Horizonte para acompanhar o duelo(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press.)

“A gente veio de São Paulo para conhecer o Mineirão, conhecer Belo Horizonte. Estou com meu amigo são-paulino aqui, e como não tem muita oportunidade de assistir jogo junto em São Paulo, viemos aproveitar essa oportunidade para assistir o jogo junto. Paz nos estádios, paz no futebol e avante, Palestra”, disse Bruno.

“Estou com meu amigo para prestigiar o futebol, que é uma paixão nacional, conhecer a cidade e o estado do Mineirão. Que vença o melhor, mas que isso [torcida de ambos os times] também seja um símbolo para uma mudança em São Paulo, que não tem torcida visitante, que não tem nada. A gente consegue conviver junto. Cada um tem a sua torcida, seu time e o respeito prevalece”, ressaltou Lucas.

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