Chapecoense

Wellington Paulista revela incômodo de quem pegava mesmo avião da Chape: ‘Parecia que a gente ia derrubar’

Ex-atacante de América e Cruzeiro, Wellington Paulista chegou à Chapecoense na temporada seguinte à tragédia aérea que vitimou 71 pessoas
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Recém-aposentado dos gramados, Wellington Paulista relembrou episódios de repulsa sofridos no período em que defendeu a Chapecoense, entre 2017 e 2018. O ex-centroavante chegou à Chape na temporada seguinte à tragédia em voo que vitimou 71 pessoas, incluindo jogadores, diretores e membros da comissão técnica do clube catarinense, além de jornalistas e profissionais da companhia aérea LaMia.

“A maioria dos lugares era assim. A gente entrava no avião e parecia que a gente iria derrubar o avião, a gente parecia terrorista. Pessoal via a roupa da Chapecoense e ficava com medo. Teve uma senhora que desceu do avião”, relatou o ex-jogador, em entrevista à ESPN.

“Ela estava lá na frente e viu todo mundo entrando com a camisa da Chape e desceu. Eu e Reinaldo, os bocudos do time, quando falavam da Chape, a gente respondia: ‘Está preocupado com a gente? Desce'”, contou WP9, atacante com passagens por Cruzeiro e América no futebol mineiro.

“A gente foi jogar no interior e os times faziam gracinha do acidente contra a gente. O Reinaldo apontou, chamamos o árbitro, mandamos olhar. Os torcedores recriminaram o cara, e ele saiu de perto. Sempre tem um idiota”, concluiu.

Tragédia em voo da Chapecoense

O trágico acidente aéreo da Chapecoense completou sete anos em novembro de 2023. O desastre aconteceu na Colômbia. A delegação do clube viajava para enfrentar o Atlético Nacional pela final da Copa Sul-Americana.

Entre os jogadores da Chape que estavam no avião, apenas três sobreviveram: Jackson Follmann, Neto e Alan Ruschel. Este último é o único que conseguiu dar prosseguimento à carreira.

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