O Bahia de Feira se afastou do futebol profissional por tempo indeterminado em decisão anunciada na segunda-feira (4/3). O anúncio veio logo após o rebaixamento da equipe à segunda divisão do Campeonato Baiano.
Em entrevista ao portal BNews, o presidente do Bahia de Feira, Thiago Souza, explicou a retirada do clube. “Na próxima temporada, se ninguém assumir, o Bahia de Feira ficará parado, como já aconteceu no passado. Esperando alguém assumir, mas se continuar na nossa mão, nós não iremos mais estar operando no futebol”.
“Nós não temos apoio do particular de Feira de Santana, do empresário. Então isso tudo, fora o desgaste emocional, junto com altos investimentos financeiros, nos levou a pensar e a ponderar que seria melhor a gente cuidar da nossa vida. Nós temos muitos afazeres e estamos deixando o futebol”, complementou o dirigente.
Conforme Thiago, a única chance de a agremiação se manter no futebol é mediante a entrada de investidores. “O futuro do Bahia de Feira a gente espera que possa aparecer um grupo de empresários, alguém da bola ou não, que tenha gás, que esteja com mais afinco de vontade em investir no futebol, para que possa dar sequência no Bahia de Feira”.
Bahia de Feira: do título à saída do futebol profissional
O Bahia de Feira está sob a gestão da família Souza desde 2009. No primeiro ano, o clube voltou à elite do futebol baiano, encerrando o período de 23 temporadas de ausência da principal divisão estadual.
O Tremendão não só conseguiu se manter no Baiano como garantiu vaga na Série D do Brasileiro. Posteriormente, o time de Feira de Santana virou presença constante no estadual, a ponto de ser campeão em 2011 e vice em 2019 e 2021.
Na gestão da família Souza, o clube estreou no Campeonato Brasileiro em 2011 e na Copa do Brasil em 2012. Em 2023, o Bahia de Feira por pouco não conseguiu o acesso para a Série C em 2023 – foi eliminado pelo Athletic nas quartas de final da Série D.
Nos 15 anos de gestão, a família Souza inaugurou em 2018 o Estádio Professor Jodilton Souza, com capacidade para 7 mil torcedores. O local batizado em homenagem a um dos administradores do clube também é conhecido como Arena Cajueiro.
