A advogada do brasileiro Daniel Alves, Inés Guardiola, solicitou audiência para requisitar a libertação imediata do jogador da prisão onde ele está, em Barcelona, enquanto os recursos contra a condenação são analisados. A informação é do jornal espanhol El Periódico.
Em 22 de fevereiro, Daniel Alves foi considerado culpado pelo crime de agressão sexual e sentenciado a quatro anos e meio de detenção, além de mais cinco anos de liberdade vigiada e pagamento de indenização de 150 mil euros (R$ 798 mil, na cotação da época) e das custas do processo.
O Ministério Público espanhol pedia nove anos de prisão ao atleta. Já a defesa da vítima solicitava a pena máxima para o crime, de 12 anos.
A juíza Isabel Delgado, responsável pela sentença do jogador, ainda ordenou que Daniel Alves fique afastado da mulher por nove anos.
Daniel Alves foi julgado culpado de estuprar uma jovem na noite de 30 de dezembro de 2022 na boate Sutton, em Barcelona. Ele está preso no centro de detenção Brians 2 desde janeiro de 2023.
Redução da pena de Daniel Alves
Inés Guardiola convocou uma audiência com as partes para tentar soltar Daniel Alves. O prazo de recurso termina no fim desta semana.
A advogada também pediu absolvição de Dani Alves, alegando que as relações sexuais entre o jogador e a jovem foram consensuais.
Ela ainda requer, no recurso, que os 150 mil euros pagos pelo jogador antes mesmo do julgamento a título de indenização à vítima por danos morais e emocionais possam reduzir a pena para um ano e um mês de prisão, prazo que já foi completado
Os 150 mil euros pagos por Daniel Alves foram doados ao jogador por Neymar, ex-companheiro do lateral na Seleção Brasileira e no Barcelona.
Aumento da pena
Já a procuradora responsável pelo julgamento defende que a circunstância atenuante de reparação do dano não seja considerada e que a pena seja aumentada, pois Daniel Alves não reconheceu a agressão, nem pediu desculpa à vítima.
A defesa da vítima fez pedido semelhante, de aumento da condenação.
A análises dos recursos está no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC). Após a decisão, as partes ainda poderão recorrer a uma instância superior, o Supremo Tribunal.