Uma atleta do futebol feminino brasileiro denunciou assédio de preparador de goleiras, que especulou sobre questões íntimas da jogadora. Ela denunciou, porém o dirigente do clube negou a seriedade do caso, a afastou e promoveu o suposto assediador.
Os detalhes deste caso foram divulgados por um levantamento feito pela jornalista Camila Alves, para o ge.globo, publicado nesta terça-feira (19/3). Todos os nomes e clubes envolvidos e as datas dos ocorridos foram preservados.
A jogadora de 28 anos revelou a situação de forma anônima e detalhou o assédio que contou com falas sexuais problemáticas: “O preparador de goleiras disse que eu devia ser uma cavala sentando e que a vagina devia ser bem branquinha”.
Após o assédio, a atacante recorreu ao vice-presidente do clube para relatar a situação, mas o dirigente afirmou que “era uma brincadeira”, afastou a atleta dos treinamentos e, no mês seguinte, promoveu o homem a supervisor do clube.
Além deste caso, o levantamento com 209 mulheres atletas em times do Brasileiro Feminino A1, A2 e A3 expõe outras questões da modalidade no país. 52,1% das entrevistadas, por exemplo, afirmaram que já sofreram algum tipo de assédio no futebol, evidenciando os problemas no país.