A primeira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores ficou marcada por casos de racismo e violência. Os episódios ocorreram em jogos de clubes tradicionais do futebol sul-americano, incluindo dois clubes brasileiros.
Racismo em jogos de Flamengo e Palmeiras
Na terça-feira /2/3), o Flamengo estreou pelo Grupo E com empate por 1 a 1 diante do Millonarios, na Colômbia. Nas arquibancadas do El Campín, em Bogotá, um torcedor colombiano imitou um macaco em gesto racista direcionado à torcida brasileira (veja abaixo).
Na quarta-feira (3/4), no empate por 1 a 1 entre San Lorenzo e Palmeiras, no Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, pelo Grupo G, uma torcedora argentina também foi flagrada imitando um macaco em direção à torcida alviverde (assista abaixo).
Em comunicado, o San Lorenzo repudiou o ato racista e prometeu identificar e punir a torcedora responsável.
“O clube está empenhado para identificar a torcedora responsável pelo ato racista. Após isso, procederá à suspensão preventiva de seus direitos sociais e esportivos”, iniciou o clube.
“O San Lorenzo entende que o futebol sul-americano e mundial deve erradicar de uma vez por todas atitudes como estas que vão contra a camaradagem esportiva. Racismo, xenofobia e intolerância não fazem parte dos valores do clube”, acrescentou.
Jogador do Peñarol agredido na Argentina
O uruguaio Maximiliano Oliveira, do Peñarol, foi atingido por uma pedra que saiu das arquibancadas da torcida do Rosario Central, no Estádio Gigante de Arroyito, em Santa Fé, na Argentina.. O ataque ocorreu após a derrota do clube de Montevidéu por 1 a 0, pelo Grupo G.
A pedrada feriu o rosto do defensor que até quis reagir, mas foi guiado pelos companheiros de clube enquanto sangrava (veja no vídeo abaixo).
Devido ao corte feito pelo objeto jogado pelos torcedores, Maximiliano Olivera foi levado diretamente a um hospital em Rosário para dar pontos no ferimento localizado na maçã do rosto.
“Estou bem. Obrigado pelas mensagens. Tirando as dores e alguns pontos, está tudo bem. Estamos magoados com o resultado que, acreditamos, merecíamos melhor. Mas com muita raiva pelo péssimo tratamento que nossos torcedores receberam, nossa gente. Uma pena. Mas todos juntos vamos lutar em todos os lugares. Peñarol e mais nada. Isso continua. Vamos e vamos”, declarou o defensor da Seleção Uruguaia.